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sábado, 5 de janeiro de 2008
06 de janeiro de 2008
N° 15470 - Paulo Sant'ana
Adultérios
Vejamos. O caso de adultério mais célebre de Pelotas está ainda se dando neste momento. Ou seja, um marido continua ainda hoje traindo sua mulher, o que faz há 30 anos.
Explico melhor: repito que o marido vem traindo sua mulher há 30 anos. Ainda pior: o marido mora com a esposa na mesma rua em que mora, a 200 metros da residência do casal, a amante do marido.
Está formado o triângulo amoroso. Falta só dizer neste caso espetacular de Pelotas que o marido não teve nenhum filho - e não o teve até agora - nesses 30 anos com sua esposa.
No entanto, esse marido nos últimos 30 anos teve cinco filhos com sua amante, que mora na mesma Rua Gonçalves Chaves, onde mora mais adiante o casal. Desnecessário dizer que a amante em tela não mora com nenhum homem, apenas cria os cinco filhos do marido da outra.
Sensacional.
Mas o mais espetacular neste caso de adultério em Pelotas é que esse marido infiel chegava todos os dias em casa às 19h, em seguida tomava banho e ia ver o Jornal Nacional, todos os santos dias, na sala de sua casa, em companhia da mulher.
E esse marido infidelissimamente discreto trabalha hoje como gerente de uma empresa na qual ingressou como office boy há 35 anos.
O que quer dizer, como esse marido chegava cedo em casa, que ele traiu sua esposa, nos últimos 30 anos, durante o horário de expediente na empresa.
É como sempre digo: os adultérios se dão, seja o homem adúltero ou a mulher infiel, em horários imprevisíveis.
Já o caso de adultério mais famoso em Passo Fundo é o do homem casado que teve filhos trigêmeos. Mas não com sua mulher. E sim com uma amante, também de Passo Fundo.
É muito azar do cara, casado, pai de um só filho com a esposa, foi ter filhos trigêmeos com a amante.
Para um pequeno círculo de pessoas silenciosas em Passo Fundo, este é o maior escândalo socioconjugal da história da cidade.
Pior que isso foi o que aconteceu bem perto daqui, na Avenida Ipiranga, Porto Alegre.
A baixinha era esposa do baixinho. Todas as noites, chegava à residência do casal uma loira de quase dois metros de altura. A loira era amiga da baixinha e por conseguinte ficou amiga do marido dela, o baixinho.
Todas as noites os três jogavam cartas na casa do casal, depois jantavam ou faziam um lanche, até que a loira embarcava no seu carro e ia embora para seu apartamento, no Centro, onde morava sozinha.
Passaram-se três anos e todas as noites, menos domingos, quando os três não jogavam cartas na casa do baixinho e da baixinha, a loura de quase dois metros de altura ficava no sofá da sala conversando com a baixinha, enquanto o baixinho se embalava de pijama na cadeira de balanço da mesma sala.
Até que um dia estourou a notícia no arrabalde: a loura gigante tinha tirado o baixinho da casa da baixinha e estava morando com ele no seu (dela) apartamento do Centro.
E veio me dizer uma outra amiga da loura que joga agora cartas com ela, no apartamento em que ela mora agora com o baixinho, que enquanto as duas conversam todas as noites no sofá da sala, o baixinho, de pijama, fica se embalando numa cadeira de balanço muito melhor do que aquela que lhe destinara em seu ex-lar a baixinha.
Ah, os adultérios atuais e os adultérios em gestação!
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