domingo, 20 de janeiro de 2008


ELIANE CANTANHÊDE

Perguntar não ofende

BRASÍLIA - O Brasil entrou em 2008 com poucas certezas e um mar de dúvidas sobre o cenário internacional, a economia interna, a febre amarela, o racionamento de energia e o tão propalado corte de gastos, entre outros. Em resumo:

1) A maior potência planetária vai ou não entrar em recessão, enquanto Democratas e Republicanos prometem aumento de gastos e corte de impostos nas suas campanhas à Presidência?

2) A ortodoxia de Pedro Malan, Antônio Palocci e agora Guido Mantega será ou não suficiente para agüentar o tranco? Ou seja: quais os possíveis efeitos no Brasil de uma recessão nos EUA?

3) O investidor em Bolsa vai se esborrachar ou apenas ganhar menos do que na farra de 2007?

4) O tal "nível mínimo" de segurança das hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste segura a onda ou vem apagão por aí?

5) Vai dar tempo de o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ler e aprender tudo direitinho até lá? Ou vai ser só um pau-mandado da ministra Dilma?

6) As pessoas devem ou não se vacinar contra a febre amarela, que já fez pelo menos 11 vítimas, com sete mortes, em menos de um mês?

7) Ou é melhor se trancarem em casa nas férias de janeiro e fevereiro, no Carnaval e na Semana Santa, para fugir do risco? E por que a turma do Planalto se vacinou?

8) E o corte de gastos com o fim da CPMF, era história do bicho-papão? Vai ficar no aumento do IOF e da CSLL e não se fala mais nisso ?

9) Aliás, por que tanto auê com o fim desse imposto se a arrecadação aumentou, sem contar a CPMF, mais de R$ 24 bi em 2007?

10) E por que estimular a garotada a gastar seu suado dinheirinho em faculdades de direito se 6.323 vagas eram vagabundas e foram para o lixo? Não é melhor investir em bons cursos profissionalizantes? As respostas? Não se anime. Nem quando o Carnaval chegar...

elianec@uol.com.br

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