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sábado, 26 de janeiro de 2008
Preocupe-se
Documentos inéditos da Aeronáutica revelam situações de alto risco de acidentes no espaço aéreo brasileiro. Duas tragédias não foram suficientes?
No dia 12 de junho do ano passado, o airbus 319 da Presidência da República, conhecido como Aerolula, decolou do Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta das 15h30.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participara do 7º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT e voltava para Brasília. Toda vez que o avião da Presidência da República liga o motor, o controle de tráfego aéreo redobra a atenção.
As distâncias entre as aeronaves são ampliadas e o controlador passa a tratar como prioridade o avião que aparece na tela de controle com a sigla FAB01, o principal avião da frota da Força Aérea Brasileira.
Naquele dia não foi diferente. O Aerolula era o centro das atenções. Até que uma pane na sala de controle de Guarulhos apagou três dos quatro consoles, os aparelhos que permitem a visualização das aeronaves.
Com apenas um deles funcionando, o controlador responsável pela segurança da aeronave presidencial passou a monitorar também outros 13 aviões. Naquele instante, um Boeing 777 da Alitalia, prefixo AZA677, que decolara de Guarulhos rumo à Itália, se aproximava rapidamente de um avião bimotor particular prefixo PT LYZ. Havia alto risco de colisão.
O controlador de vôo, percebendo a possibilidade do acidente, desviou a trajetória do avião italiano. Mas, como a rota das duas aeronaves previa uma curva logo adiante, o desvio determinado acabou jogando uma aeronave contra a outra.
Apenas 30 metros separaram a barriga do avião da Alitalia do teto do bimotor. Parece uma distância longa. Para aviões a uma velocidade média de 900 km/h, não é. A margem mínima de segurança, determinada por padrões internacionais, é 300 metros.
O relatório interno da Força Aérea Brasileira (FAB) classificou o incidente como grave, com risco crítico de colisão. A conclusão da investigação interna da Aeronáutica é uma síntese dos problemas do controle do tráfego aéreo brasileiro: os equipamentos falham, e os controladores trabalham em condições inadequadas e sobrecarregados.
O controlador, com 14 aviões na mesma tela, sendo um deles o Aerolula, errou. E quase causa uma tragédia.
Não foi o único caso de um quase acidente nos últimos meses. Documentos internos da Aeronáutica, a que ÉPOCA teve acesso, mostram centenas de registros de falhas no controle de tráfego aéreo.
Elas vão desde panes em equipamentos e falta de manutenção até a existência de pontos no espaço aéreo brasileiro que os radares não conseguem monitorar.
São falhas parecidas com as que contribuíram para o acidente com o Boeing da Gol em setembro de 2006. Após se chocar com um jato Legacy, o avião da Gol caiu, matando 154 pessoas.
Durante as investigações desse desastre, o país foi alertado para os problemas de pessoal e de equipamentos do controle aéreo. E passou a ter dúvidas sobre as reais condições de segurança da aviação brasileira.
Em 6 meses, 8 promessas não cumpridas
Os recuos do ministro da Defesa, Nelson Jobim
O que foi anunciado
• As companhias aéreas vão reembolsar os passageiros em caso de atraso nos vôos
• Reduzir o desconforto nos aviões, aumentando o espaço entre poltronas
• Reajustar o salários dos militares, incluindo os controladores de vôo
• Iniciar a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo
• Conduzir a desmilitarização do controle do tráfego aéreo brasileiro
• Restringir o número de conexões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo
• Construir uma terceira pista no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo
O que foi feito
• Até agora, a medida não foi regulamentada. Se o reembolso vier, será em milhas
• A idéia está no limbo. Uma consulta pública ainda não obteve resultado prático
• Com o fim da CPMF, o governo suspendeu aumentos salariais
• O plano foi adiado. As obras não vão começar antes do fim de 2009
• A idéia, que partiu do Palácio do Planalto, foi engavetada
• As empresas aéreas burlaram a proibição, e o governo recuou
• O governo desistiu do projeto. Diz que fará um novo terminal de passageiros
Fotos: Adriano Machado/AE, Anderson Schneider/ ÉPOCA
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