
Brasil reduz 70% da área queimada no primeiro trimestre
Ambiente
Levantamento do MapBiomas mostra que a extensão atingida entre janeiro e março foi de 912,9 mil hectares, cerca de 2,1 milhões a menos do que 2024. A maior parte fica em Roraima. Amazônia teve queda significativa, mas foram registrados aumentos no Cerrado, Mata Atlântica e Pampa
O monitoramento utiliza imagens de satélite para identificar cicatrizes de fogo em todo o país. Embora tenha registrado queda de 72% na área queimada, a Amazônia foi o bioma mais atingido em extensão entre janeiro e março. Pantanal e Caatinga também registraram quedas, enquanto no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pampa, houve aumento (veja ao lado).
Entre os Estados, Roraima foi o que mais queimou, seguido por Pará e Maranhão. Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Felipe Martenexen, Roraima é "particularmente vulnerável" às queimadas no início do ano por ser período de seca:
- Roraima apresenta um regime climático distinto: enquanto a maior parte do território nacional enfrenta o período chuvoso neste trimestre, Roraima vivencia sua estação seca.
O que o estudo apontou
Roraima foi o Estado com mais extensão de área queimada (415,7 mil hectares). Na sequência, vêm Pará (208,6 mil) e Maranhão (123,8 mil).
Entre as cidades, Pacaraima (121,5 mil hectares) e Normandia (119,1 mil) foram as mais afetadas. Ambas ficam em Roraima.
Do total das áreas queimadas, 78% são de vegetação nativa.
A Amazônia teve 774,5 mil hectares queimados no período, representando 84% do total nacional e queda de 72% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Também houve quedas no Pantanal (86%) e na Caatinga (8%) - 10,9 mil hectares e 10 mil hectares, respectivamente.
Já no Cerrado, houve aumento de 12% nas queimadas no período, com 91,7 mil hectares atingidos. Foram registrados aumentos também na Mata Atlântica (7%) e no Pampa (1,4%) - 18,8 mil hectares e 6,6 mil hectares, respectivamente.
Entenda como será a nova faixa do Minha Casa Minha Vida
Habitação
A partir de maio, famílias com renda bruta mensal de até R$ 12 mil poderão financiar imóveis com teto de R$ 500 mil pelo Minha Casa Minha Vida. A ampliação do programa foi aprovada na terça-feira pelo Conselho do FGTS. Confira a seguir o que é preciso saber. _
Perguntas e respostas
Quem terá direito à nova faixa do programa?
A nova modalidade é voltada a famílias com renda bruta entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil mensais, que atualmente não se enquadram nas faixas de habitação popular.
Quais imóveis poderão ser financiados?
Novos ou usados com valor de até R$ 500 mil. Porém, valerá apenas para a compra do primeiro imóvel.
Qual será a taxa de juros para este financiamento?
A taxa de juros nominal será 10% ao ano, abaixo da praticada no mercado que fica acima de 11,5% ao ano.
Será possível usar o FGTS?
Sim. A modalidade deverá permitir o uso do FGTS.
Qual o percentual possível de financiamento?
Por causa do uso do FGTS, só será possível financiar o primeiro imóvel. O mutuário financiará até 80% do valor do imóvel e complementará a diferença.
Qual o tempo do financiamento?
O tempo máximo será de 420 meses, ou seja, 35 anos.
A Faixa 4 estará disponível em todos os bancos?
Não. Apenas a Caixa Econômica Federal poderá oferecer.
Já é possível contratar a modalidade?
Não. O lançamento oficial deve ocorrer até maio.
Haverá subsídio do governo?
Não. Diferentemente de outras modalidades do programa, a faixa 4 não terá subsídio do governo - ou seja, a família pagará o valor integral do imóvel contratado.
Como ficaram os tetos de renda atualizados das outras faixas do programa?
Faixa 1: de R$ 2.640 para R$ 2.850
Faixa 2: de R$ 4,4 mil para R$ 4,7 mil
Faixa 3: de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil
O que mudou para municípios com até 100 mil habitantes?
O teto para aquisição de imóveis nesses municípios também foi ajustado. Os novos limites passarão para R$ 210 mil a R$ 230 mil - aumento de 11% a 16% em relação aos valores atuais.
Anvisa exige reter receita para Ozempic
Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu ontem tornar obrigatória a retenção da receita médica na compra de medicamentos como Ozempic, Wegovy e similares, indicados para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.
Na prática, as farmácias não poderão mais devolver a receita ao consumidor: o documento ficará retido, como ocorre com antibióticos e remédios controlados. Hoje, a exigência é de apresentação da prescrição no momento da compra.
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