sábado, 5 de abril de 2025



05 de Abril de 2025
ACERTO DAS TUAS CONTAS - Giane Guerra

No chão da fábrica

Há muito tempo, a automação das fábricas busca, além de reduzir custo, claro, enfrentar o problema da falta de mão de obra. Agora, a inteligência artificial também tem esse objetivo, aprendendo com os humanos e potencializando o que eles fazem, para reduzir o tempo que leva uma atividade e ampliando sua repetição. Além disso, aqui na feira de Hannover, na Alemanha, está se pedindo para facilitar a migração de estrangeiros qualificados para trabalharem na indústria. Para quem está planejando carreira, vale ficar atento a estas oportunidades, buscando emprego e qualificação onde se precisa.

Preparação de mão de obra é missão da nova diretora-geral do Senai/Sesi-RS, Susana Kakuta, que integrou a missão a Hannover. Entre as iniciativas do Brasil citadas por ela, a mais interessante - dado o momento econômico e político mundial - é um projeto para buscar para indústrias gaúchas trabalhadores deportados dos Estados Unidos de volta ao Brasil. Um piloto deve ser lançado em uma empresa de Erechim.

Outro programa no qual ela aposta é no Soldado Cidadão, já em execução, capacitando para uma profissão jovens que estão no Exército. Também na missão empresarial, o gerente-geral do Sesi/Senai-RS, Márcio Basotti, está em busca de ideias no projeto com salas de aula em carretas de caminhões para levar o ensino profissional a cidades de todo o interior gaúcho.

Há oportunidade de ensino e emprego sobrando, vamos arregaçar as mangas?

Um desafio gigante da indústria é tornar-se atrativa para as novas gerações. Neste sentido, a coluna exalta o SESI Lab, espaço de ciência, tecnologia e arte bem na área central de Brasília. Nele, crianças (e adultos que as acompanham até quando as pernas aguentam) passam horas brincando em dezenas de atividades ligadas à física, matemática, química e tudo mais que envolve o processo industrial. É cativante e - perdoem o lugar comum - ensina brincando. _

* A coluna viajou a Hannover a convite da Fiergs.

Projeto em espera

Expectativa era de que o projeto de R$ 105 milhões do Senai-RS com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) trouxesse algo como o Sesi Lab de Brasília para Porto Alegre, além de ser espaço de formação de pesquisadores e parcerias tecnológicas. O projeto, porém, está parado na definição de terreno.

A área que era para o Teatro da Ospa deixaria a obra cara, diz o presidente da Fiergs, Claudio Bier. O prefeito Sebastião Melo ofereceu área no Largo da Epatur, mas também não é considerada adequada. _

Ensino no agro

Falando em qualificação, um polo do agronegócio, o norte gaúcho, terá um centro de educação da WebSilos em Soledade para formar profissionais - da operação à diretoria - para trabalharem em silos e armazéns de grãos. Os salários no setor vão de R$ 2,5 mil a R$ 8 mil no Rio Grande do Sul, que, aliás, tem perdido mão de obra para o Mato Grosso, onde a remuneração vai de R$ 4,5 mil a R$ 18 mil.

- Está mais complicado armazenar grãos, modificados geneticamente para ter mais óleo. Manejo, limpeza e cuidado são diferentes. Equipe qualificada tem menos acidentes, perdas de grãos e estrago em equipamento - diz o CEO Eduardo Monteiro. _

Espaço dos orgânicos nas prateleiras

Nos mercados, lojas, farmácias e no menu dos restaurantes, os alimentos orgânicos têm prateleiras, espaços e selos especiais com a identificação "Bio". Até mesmo o cardápio de cervejas sinaliza aquelas bebidas que foram produzidas sem agrotóxico. Na Alemanha, há supermercados que vendem apenas orgânicos. A maior rede, por exemplo, tem 400 lojas. Em Nuremberg, a feira Biofach tem apenas expositores de comida orgânica e são mais de 2 mil. _

Metrô pontual

Hannover, no norte da Alemanha, é uma cidade com menos da metade dos moradores de Porto Alegre, mas tem várias linhas de metrô de superfície e subterrâneo. O que mais apaixona a coluna é a frequência e a pontualidade dos horários. Em tempo, os fios de energia são subterrâneos, sem aqueles emaranhados nos postes aos quais tentam nos acostumar.

Gasolina e diesel

Temor de a economia cair na guerra comercial derruba o petróleo. Mas Petrobras mexe em preço de gasolina e diesel só quando a cotação acalma, evitando oscilação.

ACERTO DAS TUAS CONTAS

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