Sobre a violência de nossa época
Guerras, conflitos raciais, violência policial e criminalidade estão aí, infelizmente, nas ruas e nas mídias.
É REALIZAÇÕES /DIVULGAÇÃO/JC
Nas últimas décadas, em especial depois do ataque terrorista às Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001, o tema da violência tem sido pauta frequente de importantes discussões da contemporaneidade. Guerras, conflitos raciais, violência policial e criminalidade estão aí, infelizmente, nas ruas e nas mídias.
Política & Apocalipse - Estudos em violência, mímese e cultura (É Realizações, 400 páginas, R$ 89,90, tradução de Maurício G. Righi), volume organizado pelo renomado escritor, pesquisador e conferencista Robert G. Hamerton-Kelly, que foi pesquisador acadêmico sênior em estudos clássicos e relações internacionais no Centro de Segurança Internacional e de Controle da Armas da Universidade de Stanford, Estados Unidos, apresenta estudos de especialistas sobre o tema.
Os ensaios foram apresentados em seminário planejado por Peter Thiel e por Robert G. Hamerton-Kelly, em Stanford, em 2004 e destinaram-se a avaliar a competência da teoria mimética em revelar a estrutura e a dinâmica da história humana, para que fosse possível interpretar esses nossos tempos especialmente violentos. O seminário teve o intuito de debater sobre os ataques de 11 de setembro e a necessidade criada de reexaminar as fundações da política moderna.
Segundo o pensador René Girard, sob a perspectiva da teoria mimética, o apocalipse bíblico nada tem a ver com um Deus vingativo e, sim, com a predição de um futuro que os homens estão criando para eles mesmos, através de instrumentos que podem levar à autodestruição global.
No volume ora lançado no Brasil, além de um ensaio inédito do próprio Girard, importantes pensadores que associaram política e religião - como Eric Voegelin, Leo Strauss e Carl Schmitt - são analisados por reconhecidos especialistas da teoria mimética.
Em síntese, os ensaios do livro apresentam uma resposta surpreendente à pergunta-chave da contemporaneidade: como pensar a política internacional após os ataques de 11 de setembro e a emergência do fundamentalismo religioso?
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