terça-feira, 15 de outubro de 2024


Nós, gaúchos, sabemos bem o que os paulistas estão passando

Os gaúchos conhecem bem o drama que vem sendo enfrentado por boa parte dos paulistas desde o temporal que atingiu o Estado na sexta-feira, que deixou mais de 2,6 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e região metropolitana.

Não se trata apenas de uma tormenta que resultou em um apagão. Há, por trás, polarização política, jogo de empurra, culpa atribuída às árvores, falta de previsão de retorno do serviço e, mais de 72 horas depois de chuva e vento, centenas de clientes ainda sem luz.

Eventos climáticos extremos, que derrubam postes, árvores e fiação, não podem mais ser tratados como algo fora da curva. Uma parte da responsabilidade recai sobre as concessionárias, como a Enel, que fornece eletricidade à capital paulista e a outras 23 cidades do Estado desde 2018, ou a CEEE Equatorial e RGE, que atendem os municípios gaúchos.

As empresas precisam ter planejamento e resposta rápida às intempéries.

A outra responsabilidade cabe aos governos. No momento em que privatizações e concessões de serviços essenciais se tornam opção de boa parte dos políticos diante da ineficiência do Estado, são necessárias agências reguladoras com mais autonomia, independência e tecnicamente robustas. Sob risco de se penalizar o consumidor - e o que já era ruim ficar pior. _

De Farroupilha, irmã Rosita Milesi recebe prêmio da ONU

A freira Rosita Milesi, natural de Farroupilha, na serra gaúcha, foi laureada com o Prêmio Nansen, principal condecoração da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) - órgão ligado à ONU - pelo seu trabalho desenvolvido no Brasil. A cerimônia ocorreu ontem, em Genebra, na Suíça.

Rosita dirige o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), agência humanitária que criou em Brasília em 1999. A instituição realiza atendimento jurídico e social, acolhimento humanitário e de integração social e de mercado de trabalho para migrantes e refugiados em território brasileiro.

- Uma certeza tenho: o caminho se faz caminhando, e nossos passos são mais determinantes se estamos convencidos da nossa missão. Sinto-me feliz em dizer que não estou cansada de lutar por essa causa, sempre em favor dos refugiados ou deslocados - afirmou, emocionada.

- Ela é uma lenda para muitos do Acnur. Muitos dos meus colegas a seguiram. Admiramos sua coragem e liderança - disse Filippo Grandi, atual alto comissário das Nações Unidas para Refugiados. _

Prefeitura contrata empresa para estudar contenção da Capital

O Conselho Deliberativo do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) aprovou ontem a contratação da empresa Rhama, do professor Carlos Tucci, para atuar na contenção de enchentes em Porto Alegre.

A empresa atuará em duas frentes de trabalho. No sistema de proteção contra cheias já existente, que compreende desde o bairro Sarandi até o Cristal, na Zona Sul, fará um estudo hidrológico para determinar se a cota de 7 metros definida na década de 1960 pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) segue suficiente para proteger a região ou necessita de adequações, compreendendo principalmente os diques e o Muro da Mauá.

Outra frente de trabalho que será realizada consiste em conceber um novo sistema de proteção contra cheias para a zona sul da Capital, que, devido à urbanização posterior à da Zona Norte, não conta atualmente com nenhuma estrutura de defesa.

O contrato será assinado no Diário Oficial e publicado ainda nesta semana. _

Brasil condena ataque de Israel contra base da ONU no Líbano

Na nota, o Itamaraty condena "veementemente" a ação israelense. Na ocasião, dois tanques destruíram o portão principal e invadiram uma base da Unifil. Houve disparos de arma de fogo, e cinco integrantes da missão de paz foram feridos.

O governo brasileiro também afirmou que os ataques são "inaceitáveis e violam o direito internacional". Por fim, se manifestou contrário à intenção de Israel, que pede a retirada da Unifil do sul do Líbano. _

O que é e qual o papel da Unifil?1397124194

Em 1978, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU após a primeira invasão de Israel ao sul do Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa (1975-1990).

O propósito era de confirmar a retirada das forças israelenses do território libanês, restaurar a paz e ajudar o governo do Líbano a recompor a autoridade local.

Em 1982, Israel invadiu o Líbano pela segunda vez e estabeleceu uma zona de segurança, que existiu até 2000.

Ainda em 2000, a Unifil estabeleceu a chamada "Blue Line" (Linha Azul), uma aérea de 120 quilômetros para garantir a retirada completa de Israel.

Atualmente, os militares da Unifil têm o objetivo de monitorar violações da fronteira e manter a área segura.

São mais de 10 mil militares de 50 países que compõem a missão, a maioria deles soldados, também conhecidos como "capacetes azuis".

Apesar do caráter de paz, o efetivo pode usar a força em determinadas ocasiões para proteger civis e autodefesa.

Anualmente, o papel da Unifil é renovado pelo Conselho de Segurança da ONU. O atual mandato está em vigência até 31 de agosto de 2025.

O Brasil conta com 11 militares atuando nas forças de paz; país liderou o braço naval da missão entre 2011 e 2021.

INFORME ESPECIAL 

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