quarta-feira, 23 de outubro de 2024



23 de Outubro de 2024
INFORME ESPECIAL - Rodrigo Lopes

Barrados no baile

O fato de o governo Lula ter barrado o convite à Venezuela e à Nicarágua como novos parceiros do Brics é, até agora, o mais importante gesto da diplomacia brasileira de rejeitar as neoditaduras latino- americanas - antigas aliadas, diga-se de passagem. No entanto, o veto não significa garantia de que o bloco de países está blindado de arranjos ideológicos que questionem a democracia, os direitos humanos, a liberdade econômica, de imprensa e de expressão.

Aliás, um bom termômetro para se medir a sanidade democrática dos integrantes é o ranking da Freedom House. Por esse parâmetro, dos cinco integrantes do bloco original, apenas Brasil e África do Sul são consideradas nações "livres". Rússia e China são classificadas como "não livres". E Índia é "parcialmente livre". Daí já é possível depreender para onde marcha o Brics.

Ainda que as ditaduras de Nicolás Maduro e Daniel Ortega tenham sido barradas no baile, preocupa que outros regimes autoritários estejam na lista de convidados. Há sete países não livres: Cuba, a mais antiga ditadura latino-americana, Vietnã, Uzbequistão, Cazaquistão, Uganda, Turquia e Belarus. Bolívia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Nigéria são "parcialmente livres".

É compreensível que o Brics se arvore o direito de questionar a ordem liberal liderada pelos Estados Unidos - toda hegemonia é passível de críticas. Mas está a um passo de se tornar um agrupamento de párias internacionais - vale lembrar que o governo do Talibã também queria cadeira.

O Brics+, ou Brics Plus - a versão ampliada do grupo -, incorporou recentemente Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. Metade das novas adesões sofre de déficit democrático. _

Tragédia no RS sob os olhos do mundo

Dilma se encontra com Putin e defende uso de moedas locais

A ex-presidente do Brasil e atual titular do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) - o banco do Brics -, Dilma Rousseff, se reuniu com o líder russo, Vladimir Putin, em reunião ontem na cúpula do órgão. Durante o evento, defendeu o uso de moedas locais pelos membros do bloco.

Esse já era um dos assuntos ventilados pelo governo brasileiro que seriam tratados no encontro. A ideia é a utilização de moedas locais em substituição ao dólar, para diminuir a sua dependência. Além disso, a brasileira defendeu a ampliação do bloco e o aumento dos financiamentos nacionais.

- Tivemos investimentos bastante elevados, mas ainda não o suficiente para as necessidades dos países do Brics. Por isso, é muito importante disponibilizar financiamento em moeda local através de plataformas específicas - disse Dilma. _

os Convidados

Cuba Não livre

Bolívia Parcialmente livre

Indonésia Parcialmente livre

Malásia Parcialmente livre

Vietnã Não livre

Uzbequistão Não livre

Cazaquistão Não livre

Tailândia Parcialmente livre

Nigéria Parcialmente livre

Uganda Não livre

Turquia Não livre

Belarus Não livre

*Ranking da Freedom House

Agradecimentos por manter o RS conectado com o mundo

O residencial de alto padrão no bairro Menino Deus, na Capital, que será o maior da América Latina para público 60+, vendeu todas as 190 unidades. O projeto é da RS Empreendimentos S/A - holding do Sistema Unimed RS -, e ABF Developments.

O candidato a vice que não empolgou na reta final

As expectativas eram grandes e com pontos positivos: ex-membro da Guarda Nacional, considerado um "democrata moderado", contato com a classe média trabalhadora branca, conhecido como "vovô do meio-oeste" e técnico de futebol americano.

Porém, o candidato empolgou no começo da campanha, o que não se estendeu até a reta final, momento mais decisivo.

A ideia inicial era que fosse escolhido um nome dos swing- states, como Josh Shapiro, governador da Pensilvânia. Falando nele, o Estado é um dos mais importantes. Em 2020, por exemplo, foi decisivo para a vitória de Joe Biden, com 1,16 pontos percentuais na frente de Donald Trump. Além disso, historicamente o candidato que ganha na Pensilvânia leva as eleições, cenário que se vê desde de 2008 com Barack Obama. 

INFORME ESPECIAL

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