No voto, o poder de mudar a nossa comunidade
O gaúcho sempre se orgulhou de ser um povo politizado, mais do que o resto do Brasil. E não se trata apenas de sermos bairristas: nossa história é feita de guerra e de política - quantas vezes decisões que tomamos aqui mudaram os rumos da República?
No primeiro turno, Porto Alegre foi a capital com maior índice de eleitores que não compareceram às urnas, 31,51%. Essa situação é preocupante em municípios que sofreram com as enchentes de maio, como Canoas, mas também em áreas onde a tragédia não se fez presente, como Itaqui, Santana do Livramento e Uruguaiana, que lideraram o ranking da abstenção.
Há cansaço devido à polarização, é evidente a descrença na classe política e até um certo desânimo. Mas a vida ocorre na pólis. É no nosso bairro, nas nossas cidades, que conseguimos mudar mais facilmente a vida da comunidade: é sobre o buraco de rua, a escola de Ensino Infantil, a situação do posto de saúde, a limpeza urbana, a qualidade dos ônibus, a frequência de linhas e as condições das paradas.
Por tudo isso já seria importante votar nesse segundo turno em Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria e Canoas. Mas ainda há um elemento que torna esse pleito diferente: vivemos, em maio, no Rio Grande do Sul, a maior tragédia ambiental da nossa história. Ambiente, proteção contra cheias, a situação dos bueiros, da drenagem urbana e sustentabilidade começam na cidade. É zeladoria.
Que o tom belicoso dos últimos dias diminua, que se volte ao espírito de paz do primeiro turno, de debate de ideias e sem agressões. E que a frase da ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ecoe:
- O voto é uma bênção democrática. Em nome dos que vieram antes de nós e que lutaram para que nós tivéssemos esse direito fundamental de votar, em nome dos que vierem depois de nós, que precisam de ter um Estado democrático, uma sociedade democrática da qual o voto é um gesto da participação livre - disse em pronunciamento na sexta-feira.
Um excelente domingo de eleições e um bom voto a todos! _
Gaúcho com artigo na Nature Genetics
O professor do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Roberto Giugliani teve um artigo publicado na última edição da revista Nature Genetics, uma das publicações mais importantes da medicina mundial.
Com o título "O primeiro hackathon para casos sem diagnóstico - expandindo as fronteiras para as doenças raras não diagnosticadas", o texto aborda uma iniciativa inovadora para identificar essas doenças.
A iniciativa reuniu cerca de cem profissionais de saúde e pesquisadores de 28 países, que trabalharam durante 48 horas em 10 casos desse tipo. _
Mais transparência das taxas do RS
O deputado Felipe Camozzato (Novo) protocolou um projeto de lei para garantir mais transparência nas taxas pagas pelos gaúchos. A intenção é obrigar a demonstração da correspondência entre o valor da taxa e o custo real do serviço. _
Lula aparece em público com marcas de ferimento na nuca
Na primeira aparição pública desde o acidente doméstico que levou Lula a cancelar viagens internacionais e a ser submetido a vários exames médicos, o presidente participou na sexta-feira da assinatura do novo acordo de repactuação da reparação dos danos da tragédia de Mariana (MG). O evento foi em Brasília.
Lula caiu no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial, e bateu a região da nuca. Ele precisou levar cinco pontos e realizou exames de imagem no sábado, que foram repetidos na terça-feira. _
A quem justificou o voto após o primeiro turno e o sistema ainda estiver em andamento, o TRE informa que pode demorar até dois meses para que o processamento seja finalizado. Em casos de dúvidas, procure o Cartório Eleitoral.
"Gigante vermelho" completa 30 anos
No meio do Drake, o mais terrível mar do mundo, as gavetas do meu camarote se movimentavam para um lado e outro, no ritmo das ondas enormes que pareciam abocanhar o navio. Cada vez que elas voltavam a bater no fundo do armário, havia um estrondo. Era madrugada. Da cama, eu olhava a cadeira e os móveis amarrados.
A título de buscar alguma tranquilidade, em meio ao medo, a única coisa em que eu pensava, enquanto cruzava os 650 quilômetros entre a Antártica e a América do Sul, era que o navio já havia singrado aquele mar inúmeras vezes - e, ao final, sua tripulação sempre chegara sã e salva à terra firme.
O "gigante vermelho", como é carinhosamente chamado o Ary Rongel, é símbolo da presença brasileira na Antártica. Neste 2024, completam-se 30 anos desde que foi comissionado pela Marinha do Brasil.
A força naval lançou, em parceria com o navio, o livro H44 30 - Três décadas do Gigante Vermelho. _
"Devemos manter uma distância sanitária da China e Rússia do ponto de vista das instituições e da democracia. Do ponto de vista econômico, devemos nos abraçar com eles e dar beijo na boca."
Marcelo Portugal - Professor de Economia da UFRGS sobre relação do Brasil com o Brics.
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