03 DE MARÇO DE 2020
RBS BRASÍLIA
Tereza Cristina ficou devendo
A passagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pela Expodireto-Cotrijal, em Não-Me-Toque, frustrou as expectativas dos produtores que aguardavam o anúncio de medidas contra a estiagem. Da lista de reivindicações repassada à ministra, a mais viável era a prorrogação dos débitos, mas nem isso saiu. Os protestos, porém, foram poucos e concentrados.
Fechado com o presidente Jair Bolsonaro, o agronegócio gaúcho evita fazer críticas ao governo. Há outras bandeiras mais ideológicas e consideradas estratégicas, como as questões agrária e ambiental, que se sobrepõem à falta de socorro imediato. Com a quebra de safra que se desenha - a Emater apresenta hoje o levantamento -, a cobrança poderia ser maior.
Não é segredo que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não apoia renegociações de dívidas e socorros a setores. Há uma barreira na política econômica liberal do ministro.
Resta aos produtores aguardar que a política tenha um peso maior para o presidente Bolsonaro do que as convicções do seu posto Ipiranga.
Recado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para o governador Eduardo Leite (PSDB):
- É de gestores como o senhor que o Brasil precisa.
Desperdício
Aliás, o ministro Onyx Lorenzoni perdeu a oportunidade de mostrar para os produtores gaúchos todas as mudanças que está promovendo no Ministério da Cidadania. Veterinário e ligado às questões do agronegócio, ele tampouco falou de agricultura. Os quase 20 minutos de discurso na abertura da Expodireto foram dedicados a atacar a imprensa.
Gastança
Os primeiros relatórios do pente-fino que está sendo feito nos contratos do Ministério da Cidadania vão ser entregues hoje a Onyx Lorenzoni. O ministro adiantou à coluna que só com aluguéis a pasta gasta por ano R$ 32 milhões. Onyx nega que essa devassa cause mal-estar com o antecessor e colega de bancada Osmar Terra (MDB).
CAROLINA BAHIA
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