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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
04 de fevereiro de 2009
N° 15869 - DAVID COIMBRA
Esposa de seleção
Houve uma esposa que fez história na Dupla Gre-Nal. Esposa de jogador, bom esclarecer, e um que atuou nos dois clubes. Ela, de certa forma, também atuou nos dois clubes. Porque essa moça, uma morena opulenta que eletrizava os ambientes em que entrava, ela e suas pernas macias, ela e seus seios de meio melão, essa morena cedeu seus favores a titulares e reservas de Grêmio e Inter, sem distinção. Tornou-se famosa nos feéricos anos 80.
Certa noite, enquanto um meiocampista de Seleção se repoltreava com ela no apartamento do casal, um atacante goleador distraía o marido no bar que ficava no andar térreo do prédio. Beberam cerveja, o atacante e o marido, até que o meiocampista se satisfizesse por completo e a esposa se desse por saciada, o que demandava certo esforço do parceiro em questão.
Essa esposa entraria em qualquer seleção da Dupla Gre-Nal, se houvesse seleção de esposas preferidas de jogadores. Como não há, e nomeá-las seria arriscado judicialmente falando, deixo nas páginas apenas a história de poucos de seus feitos, além da promessa de algum dia me debruçar sobre esse tema tão aprazível, e agora me volto para outra seleção, que gosto de formar seleções. Em homenagem aos 100 anos do Gre-Nal e devido ao clássico do próximo domingo, vou listar dois dos meus supertimes. Ei-los:
1Seleção da Dupla Gre-Nal de todos os tempos:
Lara; Everaldo, deslocado na direita (era destro e sabia jogar na posição, jogou até de meio-campo), Aírton Ferreira da Silva, Figueroa e Oreco; Falcão, evidentemente, Gessy, segundo testemunhos ilustres o mais habilidoso que já jogou no Estado, e Ronaldinho, que, esse sei, é o mais habilidoso que já jogou no Estado; Valdomiro, Renato Portaluppi e Tesourinha, três ponteiros-direitos, mas que jogam em qualquer setor do ataque. Três lendas.
2Seleção da Dupla que eu vi jogar:
Manga; Arce, Figueroa, Mauro Galvão e Everaldo; Falcão, Carpegiane e Ronaldinho; Valdomiro, Alcindo e Renato.
Também poderia escalar o Éder, o Dener, o Caju, o Mário Sérgio, o Lula, o Claudiomiro ou o Gamarra, mas tenho que ficar com 11, são esses 11 aí. Você faz um time melhor?
Tudo aconteceu de forma ab-rupta
Não vou escrever ab-rupto. De jeito nenhum! Pouco se me dá que o Scliar e o Assis Brasil defendam a reforma ortográfica, ab-rupto não escrevo. Até porque ninguém ia entender. Você sabe o que é ab-rupto? O mesmo que o velho abrupto! Por Deus! Ora, ninguém dirá abrupto se ler ab-rupto. O cara não pronuncia o bru. Fala: ab ru. Portanto, não vou colocar um quebra-molas no meu texto escrevendo ab-rupto. É abrupto. Pronto.
Já estava meio irritado com a linguiça sem trema, no dia em que descobri esse negócio de ab-rupto. Porque linguiça sem trema não é linguiça. Aquele gui a gente fala como o de enguiça. O meu amigo Languiça, por exemplo. Ele não é Languiça, mas, agora, quando escrever o apelido dele, muita gente vai achar que é.
E o apelido perde a graça, porque o Languiça era Languiça por ser parecido com uma linguiça. Suprimindo o trema, o apelido era untado com uma ironia grosseira que se tornava hilária. Lá vai o Languiça, alguém dizia, e todo mundo dava risada. Agora, não. Sem a possibilidade do trema, o Languiça não é mais o mesmo. Pode ser um Languiça, o que não é nada engraçado.
Aí o Assis Brasil vem e diz que escrever linguiça sem trema e abrupto separado torna a língua portuguesa mais visível. Ah, não! Prefiro que a língua fique invisível, então.
Certas regras a gente não deve cumprir. Outras são muito mais imperiosas, ainda que não sejam explícitas, escritas e acordadas entre autoridades e países, como é uma reforma ortográfica. Exemplo: as tais regras do Mercado. Não existem no papel, ninguém as redigiu, mas, quem não as cumpre, é punido com severidade.
O Inter, suspeito que o Inter esteja se movimentando à margem do Mercado. Ano passado, recusou propostas por Nilmar e Alex, segurou Guiñazu, tudo muito elogiável e até revolucionário no paupérrimo futebol brasileiro.
Só que as regras do Mercado, essa entidade suprema, subjetiva e irritadiça, elas, as regras, mudaram. Hoje, algum clube pagaria 20 milhões de Euros por Nilmar ou Alex? Duvido. E os salários de Nilmar, Alex e outras estrelas do Inter, será que ainda são compatíveis com o novo Mercado? Algo a se pensar.
Nenhum dos condestáveis das letras legislou sobre as regras do Mercado, eles nem ligam para elas. Eu, sim. Eu as respeito. Já ab-rupto, nem se o Scliar e o Assis Brasil vierem aqui exigir, de dicionário em punho, ab-rupto eu não escrevo!
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