quarta-feira, 10 de abril de 2024



10 DE ABRIL DE 2024
INFORME ESPECIAL

De Taquara para Nova York

O cardiologista gaúcho Rubem Kunz (foto), que faz vinho no quintal de casa, em Taquara, a 80 quilômetros da Capital, está feliz da vida. É que ele e sua vinícola - chamada Vinhos da Rua do Urtigão - vão representar o Brasil na Raw Wine Fair, em Nova York, nos EUA. É uma das mais importantes feiras de vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais do mundo. A notícia, que ganhou destaque na plataforma gaúcha Brasil de Vinhos, merece espaço.

Além de participar do evento, que será nos dias 10 e 11 de novembro, a empresa de Kunz é a única brasileira entre os cerca de 2,3 mil produtores listados no site Raw Wine.

- Estou muito feliz. Sempre sonhei em apresentar meus vinhos em uma feira dessas e em entrar na lista - diz Kunz, que já teve sua história contada aqui, em 2022.

Desde 2015, ele decidiu fazer o próprio vinho, fugindo dos padrões do mercado. Aprendeu a vinificar usando o método natural, tendência entre produtores que buscam bebidas com a menor intervenção química possível.

Elas são destaque no Direito Humanitário

Três estudantes da UFRGS fizeram história ao vencer uma das mais importantes competições de Direito Internacional Humanitário do mundo, em Washington, nos Estados Unidos.

Mesmo sem ter o inglês como língua nativa, Ana Laura Giaretta, de Erechim, Letícia Heinzmann, de Barão, na Serra, e Luiza Fernandes, de Alegrete (nas fotos abaixo), superaram conceituadas universidades norte-americanas e as poderosas academias da Marinha, do Exército e da Aeronáutica dos EUA. Elas conquistaram o primeiro lugar em uma disputa jurídica chamada Clara Barton International Humanitarian Law Competition, que envolve o "Direito da Guerra", e é realizada pela Cruz Vermelha.

Funciona assim: os selecionados são desafiados a aplicar a lei em estudos de caso envolvendo confrontos fictícios. Eles interpretam diferentes papéis em simulações e são questionados por juízes.

No caso das gaúchas, que receberam treinamento na UFRGS IHL Clinic, a Clínica de Direito Internacional Humanitário da universidade, a "peleia" não foi fácil. Nas simulações, elas participaram de negociações com grupos armados, visitaram prisioneiros de guerra e defenderam posições na ONU, entre outras provas.

A final foi contra a Texas Tech University, ganhadora do torneio em 2023, que, dessa vez, ficou para trás. Não bastasse a vitória coletiva, Ana Laura (com a bandeira na foto) ainda ficou entre os cinco melhores oradores do concurso, com o prêmio de Honorable Mention Advocate.

- Foi muito desafiador, porque o nível da competição é altíssimo. Tivemos seis meses de preparo específico e fomos para lá confiantes. Acho que isso é fundamental: não ter medo e acreditar que é possível - diz Ana Laura, que se forma em agosto.

Letícia e Luiza já concluíram a Faculdade de Direito e agora se preparam para iniciar cursos de mestrado na Europa.

JULIANA BUBLITZ 

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