13 DE MAIO DE 2020
+ ECONOMIA
Queda de 98%, recuperação de 60%
Com a necessidade de manter distanciamento social, a StartSe, escola de negócios que realiza programas de imersão no Exterior, principalmente na China e no Vale do Silício, conferências e eventos presenciais, precisou se reinventar. Em março, a receita da empresa despencou para 2% do que havia sido em fevereiro. Para estancar o declínio, os sócios reestruturaram o negócio e adaptaram os cursos para o universo digital. Com a estratégia, recuperaram 60% da perda.
- A entrega do produto sempre foi presencial. Do dia para a noite, as imersões internacionais, as conferências, todas as atividades ficaram impossibilitadas. Logo que começou a quarentena, vimos muitas plataformas lançarem cursos online, alguns gravados. Porém, o mundo evoluiu rápido, não dá para ensinar algo que foi bacana há 10 anos - afirma Pedro Englert, CEO da StartSe.
A saída foi criar um novo curso que ajudasse o usuário a se preparar para enfrentar a retomada das atividades no período pós-pandemia. Uma das orientações é a de que cada empresa identifique qual é o seu álcool gel, ou seja, que é fundamental para pessoas nesse momento.
- Nossa missão é sair melhor disso tudo e não maiores, com mais receita. Isso não depende só da gente, depende do mercado, de vários outros fatores. Quando o mundo voltar ao normal, podemos estar melhores.
Segundo Englert, a meta da empresa antes da pandemia era atingir R$ 85 milhões em faturamento neste ano. Diante das incertezas, assume que definir uma meta financeira é impossível.
- O patamar de R$ 80 milhões não miramos mais, abrimos mão desse número como meta de receita. Porém, mantemos a meta de resultados - pondera.
Na avaliação do CEO, o mercado de educação executiva será cada vez mais demandado, diante da exigência de se reinventar.
Unicórnio à vista
O Grupo RPH, startup instalada no Tecnopuc, acaba de ser avaliado em R$ 100 milhões pela Ygeia Medical. No parque, a expectativa é de que venha a se tornar o segundo unicórnio (empresa avaliada em US$ 1 bilhão) local. O primeiro foi a Getnet, adquirida pelo Santander por R$ 1,1 bilhão em abril de 2014. A empresa, nascida em 2018 no Beneficência Portuguesa de São Paulo, fabrica kits não radioativos de medicina nuclear que são adicionados a insumos do governo para resultar em radiofármaco.
MARTA SFREDO
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