12 DE SETEMBRO DE 2019
EM DIA
INOVAR AGORA É REGRA
A Organização Internacional de Normalização (ISO, sigla em inglês) define e aprova padrões internacionais em um grande número de áreas de interesse técnico e econômico. A organização, da qual o Brasil é membro desde o início das atividades, em 1947, tem milhares de normas aprovadas, que, no nosso país, são gerenciadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Possivelmente as mais conhecidas sejam a ISO 9.001, de 1987, que padroniza a qualidade e a primeira a se tornar internacionalmente adotada, e a ISO 14001, que trata de gestão ambiental.
Pois, se a bola da vez é inovar, acaba de ser lançada, em julho deste ano, a ISO 56002, exatamente a ISO da inovação. E mais: o Brasil tem a primeira certificação do mundo, de uma empresa de serviços tecnológicos localizada no Ceará, juntamente com a empresa de águas de Dubai, nesse caso uma organização governamental.
Mas como isso é possível se o Brasil ocupa a 66ª posição no Índice Global de Inovação, tendo caído no ranking na última avaliação? Além disso, foi o país que mais caiu no Índice de Competitividade Mundial, na pesquisa de 2018 do Fórum Econômico Mundial, passando da 50ª para a 72ª posição, em lista de 129 países. Os dados mostram o que somos um país com enormes diferenças e problemas estruturais, mas com organizações com grande capacidade de inovar. E, como a própria norma ISO 56002 menciona, a capacidade de inovação das organizações é um fator-chave para o crescimento sustentado e o aumento do bem-estar e desenvolvimento da sociedade.
O documento fornece orientação para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua de um sistema de gerenciamento de inovação. O foco está nas organizações estabelecidas, com o entendimento de que tanto as organizações temporárias quanto as start-ups podem também se beneficiar aplicando essas diretrizes, no todo ou em parte. E, apesar de regra, justamente por tratar-se de inovação, não é matemática. Os princípios que regem essa ISO tratam de propósito de agregação de valor, liderança, direção estratégica, gestão da incerteza, gestão de insights, adaptabilidade, abordagem sistêmica e, finalmente sempre ela, a cultura organizacional para inovação.
Já temos a norma e até a primeira certificação. Vamos fazer da inovação a regra?
GABRIELA FERREIRA
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