segunda-feira, 9 de setembro de 2019


09 DE SETEMBRO DE 2019
PERIMETRAL

Deu pra ti, vandalismo


Quando soube que o Largo dos Açorianos tinha sido pichado quatro dias após sua reabertura, o gerente de uma fábrica de tintas foi atrás do prefeito. Sua ideia era doar 70 galões de um produto antipichação - com a substância aplicada na parede, o spray adere menos à superfície, e limpar a sujeira fica uma barbada.

Marchezan se empolgou com a ideia: na quinta-feira passada, o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, já acertava os detalhes com Gérard Felipe Heraud, gerente nacional de vendas da Liko Tintas, de Novo Hamburgo. Um teste no Largo dos Açorianos está marcado para os próximos dias - o único empecilho é a chuva.

- O que a cidade mais ganha com essa doação é tempo, celeridade. Um processo licitatório para comprar esse material seria extremamente lento, como de costume no Brasil - diz o secretário Ramiro.

Se fossem adquiridos, os 250 litros do produto - estimativa inicial para cobrir todo o largo - custariam em torno de R$ 15 mil. A única definição que falta, agora, é sobre cores e texturas: técnicos da prefeitura, responsáveis pelo projeto arquitetônico do Açorianos, querem ter certeza de que o aspecto bruto do concreto será preservado. Por isso, vão participar do teste nesta semana.

- Não é só a pichação que o produto barra: urina, poluição, bebida alcoólica, tudo isso se torna muito fácil de limpar - afirma Gérard, gerente da empresa, que também vai oferecer treinamento para equipes do DMLU aplicarem o material.

A cara da rua

Já comprei até casa na praia fazendo frete. Mas te confesso que não quero morar na praia, muito menos em Porto Alegre. Quero mesmo é voltar para Arroio do Meio: nada paga aquela paz. Lá eu tiro a fruta direto do pé, tenho minha criação de abelhas, não preciso nem de chuveiro – tomo banho no açude mesmo. E, de noite, a gente frita o peixe que eu mesmo pesquei. Essa é minha meta de vida.

NELSON SCHEIDT

Na Avenida Osvaldo Aranha

PAULO GERMANO

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