01 DE JUNHO DE 2020
CORONAVÍRUS
RS pode ter alívio apesar das incertezas
Até o momento, não há clareza sobre a duração da pandemia e seus impactos nos negócios. Mesmo assim, analistas avaliam que o Estado pode dar passo à frente na tentativa de reduzir os prejuízos gerados pela covid-19 a empresas e trabalhadores.
Além de registrar menor nível de contaminação do que outras regiões do país, o Rio Grande do Sul iniciou plano de reabertura gradual da economia. Chamado de distanciamento controlado, o modelo leva em consideração o quadro epidemiológico de 20 regiões para permitir ou não o funcionamento dos negócios. A iniciativa entrou em vigor em 11 de maio.
- O mérito do plano é trazer uma estratégia para enfrentar a situação. Além disso, divide o Rio Grande do Sul em regiões, e não fecha todo o Estado, o que é importante para diminuir os impactos econômicos - diz o economista-chefe da Fiergs, André Nunes de Nunes.
A economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo, avalia que o projeto é "positivo" e "traz maior previsibilidade" para as empresas. Por outro lado, lembra que, se uma região receber bandeira vermelha, tem de fechar setores como o comércio, considerado não essencial - a lógica é a mesma para a cor preta. Se houver avanço do vírus, novas paralisações colocariam em risco mais vagas de trabalho, argumenta Patrícia.
Em abril, os pedidos de seguro- desemprego cresceram 45,1% no Estado, em relação a igual período de 2019. Foram 52,7 mil solicitações, aponta a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social.
- Maio deve ser outro mês ruim, mas não tanto quanto abril. A grande questão é saber como será a retomada da economia nos próximos meses - declara Nunes.
Professora da UCS, a economista Maria Carolina Gullo afirma que a pandemia deve elevar a informalidade entre trabalhadores, tendência que já preocupava antes de o coronavírus golpear os negócios.
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