01 DE MAIO DE 2020
RBS BRASÍLIA
Bolsonaro e o centrão
Saem os lavajatistas e entra o centrão. Essa é a conta que Jair Bolsonaro faz ao estreitar cada vez mais os laços com parlamentares de partidos como PL, PP, PSD e Republicanos, em especial depois do traumático rompimento com Sergio Moro. Enquanto o presidente estava em Porto Alegre, reforçando a imagem junto às Forças Armadas, o centrão se movimentava em Brasília.
A expectativa desses partidos é de ganhar espaços no governo, inclusive no Ministério da Saúde. É a mesma lógica das gestões petistas. Bolsonaro vem sentindo o peso do isolamento e teme perder a governabilidade. As derrotas em série no STF, a crise econômica e a falta de liderança diante de uma pandemia mundial desgastam politicamente o presidente.
A volta dos panelaços é um exemplo. Ele, no entanto, mantém cerca de um terço de aprovação, alimenta com empenho o apoio da bancada evangélica e usufrui da credibilidade dos militares. Agregar o centrão serve de reforço nessa blindagem. Até agora, Bolsonaro podia ser criticado por vários erros que cometeu, menos de praticar estelionato eleitoral. Se abraçar o centrão, é uma bandeira que vai para a gaveta.
Bom soldado
À coluna, o general Mourão explicou por que nem ele nem Bolsonaro discursaram na cerimônia do Comando Militar do Sul, quando o general Antonio Miotto passou o comando para o general Valério Stumpf:
- Eu estava aqui como ex-comandante e amigo do Miotto, e o presidente, como admirador do trabalho dele. Era uma cerimônia militar, onde o protocolo é claro: fala o que está saindo e o comandante imediato, no caso o Pujol. O presidente, como bom soldado, seguiu o previsto.
CAROLINA BAHIA
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