13 DE MARÇO DE 2020
INFORME ESPECIAL
Estudantes criam método para detectar fraude no leite
Estudantes do Ensino Médio do Colégio Farroupilha, de Porto Alegre, desenvolveram um método para comprovar adulterações no leite. Fabiana Luft Bavaresco, Fernanda Luft Bavaresco e Maria Eduarda Baroni da Rosa, alunas do terceiro ano, criaram uma pastilha efervescente, de baixo custo, capaz de identificar uma fraude que é velha conhecida dos gaúchos: o uso de amido para mascarar a adição de água no leite. A iniciativa concorre a um prêmio nacional, da Universidade de São Paulo.
O teste é simples: basta observar a cor da pastilha ao colocá-la em contato com o líquido. Se permanecer entre tons brancos e amarelados, o leite está bom. Se ficar de cor azul ou roxa, é sinal de fraude, já que o iodo utilizado na composição da pastilha reage à presença de amido.
Foram dois anos de trabalho - sob orientação da professora Alessandra Faedrich Martins Rosa - e consultas ao método de fiscalização do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária para chegarem a uma fórmula que funciona.
Com um custo de R$ 0,37 por unidade e validade de 14 dias, o produto pode auxiliar consumidores na hora da denúncia. Entre os dias 23 de março e 3 de abril, o trabalho será avaliado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Como prevenção à disseminação do coronavírus, a organização decidiu, na tarde de ontem, que o evento não será presencial. A banca avaliadora e a eventual premiação serão a distância.
TULIO MILMAN
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