03 DE MAIO DE 2019
RBS BRASÍLIA
Tudo depois da reforma
O vice-presidente, Hamilton Mourão, condiciona a liberação dos 30% cortados das universidades federais à aprovação da reforma da Previdência. Para o general, o problema não são os pelados ou as balbúrdias como disse o ministro Abraham Weintraub (Educação), mas o contingenciamento orçamentário promovido pelo Ministério da Economia. Embora continue sendo lamentável, faz mais sentido. Mourão afirmou que, se a economia voltar a crescer, a verba será descongelada. Aliás, esse discurso começa a tomar conta da Esplanada.
É jogada ensaiada. Quem vai ao Ministério de Infraestrutura em busca de dinheiro para estradas também ouve a mesma mensagem. Com o rombo no sistema previdenciário, é óbvio que as mudanças nas aposentadorias são necessárias, o sistema não é sustentável. Mas também não é panaceia. É importante também que o governo coloque em prática outras medidas para estimular a economia, inclusive priorizando as políticas para educação.
EFICIÊNCIA
O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) afirmou à coluna que o governo vai medir o desempenho das instituições federais com indicadores de eficiência, readequando os recursos com base em resultados e métricas. Onyx diz que é uma questão da qualidade do gasto. Usou o exemplo de Sergipe para dizer que as universidades privadas são mais eficientes do que as públicas.
DO BAÚ
Ao longo de 35 minutos de entrevista ao Programa Silvio Santos, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a reforma da Previdência e falou sobre a polêmica dos radares nas rodovias e turismo, entre outros assuntos. A entrevista irá ao ar no domingo.
TAPETE VERMELHO
Importantes para as negociações da reforma da Previdência, os governadores terão tratamento VIP na quarta-feira, em Brasília. Eles serão recebidos pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Abraham Weintraub (Educação) e por líderes partidários. Na pauta, a crise das finanças: Lei Kandir, securitização, seção onerosa, Fundeb e Plano Mansueto, como vem sendo chamada a proposta do governo para o reequilíbrio fiscal dos Estados. O governador Eduardo Leite irá participar.
CAROLINA BAHIA
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