14 DE FEVEREIRO DE 2019
INFRAESTRUTURA
O que esperar da CCR ViaSul
Falta pouco para os gaúchos voltarem a ter sensação de que vale a pena pagar pedágio. Desde o fim do contrato com a Triunfo Concepa, em julho de 2018, foram sete meses em que a freeway ficou sob a gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Por 83 dias, entre julho e setembro, a sensação do usuário foi de completo abandono. Buracos e lixo se acumularam dentro e fora da pista até que a autarquia se organizasse e conseguisse prever um mínimo de investimento entre Porto Alegre e Osório. Depender de guincho ou algum socorro médico neste período foi uma aventura.
O grupo CCR é um dos maiores do país no setor. Sabe onde e como investir. Tanto que bancou deságio de 40,53% no valor do pedágio proposto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ao oferecer tarifa de R$ 4,30 - já em R$ 4,40 por reajuste da inflação.
O diretor-executivo da CCR ViaSul, Roberto Calixto, já fez promessa: até o fim do mês de fevereiro, os buracos irão acabar. A BR-386, entre Canoas e Carazinho, será o principal desafio. Os pedágios deixaram a rodovia em 2013. O foco da empresa, nestes primeiros meses, será o combate ao aspecto de abandono das vias, com lixo, grama alta e defeitos no piso.
A partir de agosto, os usuários da BR-101, BR-448 (Rodovia do Parque) e BR-386 também terão acesso aos serviços de resgate de carros e de atendimento médico. Outra novidade será a instalação de 1.127 câmeras ao longo de três anos. Daqui a um ano e meio entra em operação a praça de pedágio no limite entre Gravataí e Glorinha, tão esperada na região. Para os usuários da BR-386, fevereiro de 2021 marcará o início da duplicação entre Marques de Souza e Lajeado - a ser estendida, posteriormente, até Carazinho. Na BR-448, a promessa é acabar com solavancos enfrentados desde a inauguração, no final de 2013.
Este é o quarto modelo de pedágios colocado em vigor desde a década de 1990. Quem conhece o assunto entende que é o mais completo de todos. Os gaúchos serão as "cobaias". E, assim como ocorreu nos tempos de Concepa, acho que tivemos sorte.
JOCIMAR FARINA
Nenhum comentário:
Postar um comentário