04 DE FEVEREIRO DE 2019
POLÍTICA
Do baixo clero à popularidade
Novo presidente do Senado, desbancando a hegemonia do MDB, Davi Alcolumbre (AP) ampliou a envergadura do DEM no Congresso, já que o correligionário e deputado federal Rodrigo Maia (RJ) foi reeleito para a presidência da Câmara. O comando das duas Casas está nas mãos do partido.
Senador de primeiro mandato, Alcolumbre teve atuação discreta em seus primeiros quatro anos no cargo. Na disputa pelo comando do Senado, congregou adversários de Renan Calheiros (MDB-AL) e aliados do governo federal, fazendo valer sua amizade com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Aos 41 anos, foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de 2018, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar. No sábado, quando saiu vitorioso do plenário, viu sua rotina discreta mudar radicalmente. Foi cercado por seguranças e jornalistas. Concedeu duas entrevistas e correu para o novo local de trabalho, o gabinete da presidência do Senado.
A popularidade de seu número de telefone também cresceu. Recebeu ligações do presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça), do colega de sigla e governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.
MUDANÇA DO AMAPÁ AO DF AINDA INDEFINIDA
Às 22h30min, esquivou-se de jornalistas enquanto se deslocava para comemoração na residência oficial da presidência do Senado, que se estendeu pela madrugada de ontem. Prefeitos, deputados e senadores compareceram ao coquetel. Onyx e Maia ignoraram diferenças e também foram ao convescote.
Alcolumbre ainda não decidiu se vai morar na residência oficial, já que a família - mulher e dois filhos - ainda não bateu o martelo sobre se mudar do Amapá para o Distrito Federal. Por isso, ao fim da festa, por volta das 4h, retornou ao apartamento funcional em que mora.
Passou o domingo reunido com auxiliares. No comando da Casa, terá de resolver desde questões burocráticas até brigas de colegas por gabinetes, formação de blocos para distribuição de comissões e a pauta do ano legislativo, que começa hoje.
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