sexta-feira, 8 de maio de 2009



08 de maio de 2009
N° 15963 - PAULO SANT’ANA


Mamografia, eu, hein?

Ontem foi dia de dureza. Dia de dureza, para mim, é o dia que tenho de ir a clínicas e hospitais.

Só não imaginei que tivesse um dia de me submeter a uma mamografia.

Estava me azucrinando havia dias uma dor quando apalpava o meu mamilo esquerdo.

Em carro usado, as dores se sucedem todas as semanas. Esses dias, irrompeu-me uma dor no joelho direito. Lá fui eu para o Mãe de Deus, fiz uma radiografia e logo em seguida me mandaram para a ressonância magnética, desta vez o tubo me prendeu dentro dele por 25 minutos.

Pensei que era claustrófobo. Dizem que há pessoas que não resistem àquela zoeira de sons dentro do tubo. E que há clínicas que colocam música nos ouvidos dos pacientes para que ele resista à opressão tecnológica.

A mim me tocou naquela ressonância a vantagem de ser meio surdo. Apareceu no exame um desgaste na cartilagem que separa a patela (rótula) do fêmur.

Receitou-me o Dr. Caputto um remédio muito caro que ainda está sendo testado para as artroses (Artrolive).

Até aqui, tudo bem, a bula diz que a eficácia do medicamento só se revela após três semanas de tratamento. Estou à espera de que decorra o prazo e me seja devolvida a paz na articulação genuflectora.

Ontem foi outro caso de outra dor: endomamilar, termo que criei e que significa para além do mamilo. Em suma, eu estou com uma dor no seio esquerdo.

Daí que entrei na Radimagem, na Cristóvão Colombo, e fui atendido por uma mulher que dizem ser a referência médica em diagnóstico radiológico de doenças mamárias em nosso meio: a Dra. Beatriz Amaral.

Meio constrangido, num lugar normalmente ocupado pelas mulheres, submeteu-me ela a uma mamografia. Calculei, pelo que vi lá, que os seios femininos não se diferenciam dos seios masculinos, se não pela lactação.

Felizmente foi ótimo o resultado da mamografia: não havia nenhum nódulo, nenhuma lesão no meu seio. Apenas alguns traços de ginecomastia (desenvolvimento excessivo da glândula mamária masculina), fruto talvez de um pequeno distúrbio hormonal ou efeito colateral de algum dos vários medicamentos que tomo.

Estou pronto portanto para outra eventualidade médica.

Mas que não seja, por favor, depois de uma mamografia, uma ecografia transvaginal, que aí eu não vou aguentar a gozação na roda da minha confraria mensal.

Recebi dezenas de mensagens de saudação dos alunos e professores do Jornalismo da PUC, pela minha presença lá na faculdade e pela crônica de ontem.

E flores majestosamente belas vindas da professora Cristiane Finger, coordenadora do curso de Jornalismo da Famecos.

Que gente boa e agradável!

É impressionante, um conselho dado despretensiosamente por esta coluna há muito tempo consagra-se agora mundialmente em todos os círculos médicos: evite o aperto de mãos. Por ele se transmitem as mais graves doenças.

Desculpem, mas isto é que é andar adiante de sua época.

Quanto à Libertadores, conforta-me a convicção de que é possível conquistá-la mesmo não tendo um bom time, basta ter, como o Grêmio tem, um grande goleiro e um ótimo centroavante. Além do Souza e do Tcheco, naturalmente.

E, por fim, uma reflexão: não é fácil a vida sem jatinho.

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