Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
13 de novembro de 2007
N° 15417 - Luís Augusto Fischer
Feira: uma avaliação
Mais uma edição da Feira do Livro que acaba, mais um capítulo dessa tão bem sucedida história de amor pelos livros, de convivência das gentes em espaço aberto - e quase sem medo de assalto, achaque, incomodação - , da agradável sensação de que a cidade ainda pertence a todos.
(Dadas as condições atuais de temperatura da violência e pressão da vida, uma boa utopia é simplesmente esta: que a gente pudesse sempre passear sem medo pelo Centro, ali na Alfândega, dando uma chegada nos magníficos prédios culturais do entorno, perambulando pelo cais do porto pra ver a cor da água e do céu. Utopia modesta, mas utopia.)
Do que recolhi, em conversas e observações, ressalta uma sensação genérica de contentamento, pelo tamanho aparentemente ajustado da Feira, nessa edição, e naturalmente pelas coisas sempre boas de qualquer edição, como os autógrafos dos autores que interessam a cada um, como certas atividades paralelas (parece que as "leituras compartilhadas" acertaram bem no formato). De negativo três coisas.
A primeira: realmente não há muita diversidade entre os títulos dos livros oferecidos. Parece que a única lei de escolha dos acervos levados para a praça é a lei do menor esforço: oferecer aquilo que o público quer diretamente, os best-sellers, e era isso, sem preocupação com a variedade.
Nessa hora é que se vê o valor do livreiro mesmo, aquele que conhece os livros lançados no ano todo, conhece sua freguesia, vibra com o leitor mais sofisticado.
Segundo problema: reclamações não poucas sobre algumas coisas da área infantil. Autores reclamaram que a área de autógrafos ficava muito escondida, no fim do corredor destinado aos livros infantis, de forma que só ia lá quem tinha muita clareza sobre isso, ficando de fora o leitor eventual, que passa e vê o movimento e se interessa.
Não senti pessoalmente tal problema, mas sei que muitos escritores sim. Assim também com algumas atividades paralelas, que não cabem aqui.
Terceiro e mais complicado: livreiros de bons serviços prestados à cidade não foram à praça, porque não conseguiram negociar convenientemente com distribuidores que, de certo modo abusando de sua posição, ou retinham estoques para venderem eles mesmos na Feira, ou não ofereciam os descontos habituais para os livreiros, preferindo ficar com todas as vantagens da venda.
Sei que há muito debate sobre isso na própria Câmara Riograndense do Livro, e espero que a coisa encontre um termo justo.
Porque, entre outros motivos, é preciso lembrar que a Feira, sendo um evento cultural de enorme importância, é também uma feira de venda, que dá lucro a quem opera - e tudo isso é bancado, em parte não desprezível, por dinheiro público, de patrocínio obtido via leis de incentivo, quer dizer, de renúncia fiscal.
Essa conta precisa ser feita.
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