quinta-feira, 23 de abril de 2020



23 DE ABRIL DE 2020
CORONAVÍRUS

Quem é Pazuello

Natural da cidade do Rio de Janeiro (RJ), o general do Exército Eduardo Pazuello foi declarado aspirante a oficial do Serviço de Intendência em 1984. Ele foi promovido ao posto atual em 31 de março de 2018.

Como oficial-general, desempenhou as seguintes funções: assessor de planejamento, programação e controle orçamentário do Comando Logístico, comandante da Base de Apoio Logístico do Exército e coordenador logístico das tropas do Exército Brasileiro empregadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, em 2016.

Pazuello também foi comandante da Base Logística Multinacional Integrada, durante o exercício AmazonLog/2017, realizado na cidade de Tabatinga (AM), na região da tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru). Ultimamente, exercia o cargo de coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária - Operação Acolhida, concomitantemente com o novo comando assumido.

Os ônibus intermunicipais que chegam ou saem de Porto Alegre têm circulado semiocupados. É a crise do coronavírus afetando o transporte coletivo. O problema maior é que muitos dos usuários não usam qualquer Equipamento de Proteção Individual (EPI), recomendado pelos sanitaristas para toda atividade em espaços confinados - como é o caso de viagens no transporte coletivo. Zero Hora percorreu as plataformas de desembarque da Estação Rodoviária de Porto Alegre, irreconhecível de tão vazia. Constatou a indiferença com que muitos passageiros encaram os apelos por cautela por parte das autoridades sanitárias.

Num ônibus da Viação Bento, que chegou de Bento Gonçalves às 10h45min, menos da metade dos 23 viajantes desembarcou usando máscaras. Nenhum usava luvas. A lotação usual do veículo é de 46 passageiros, mas a ocupação não se completa desde meados de março, quando começaram os casos de coronavírus no Estado, resume o motorista, de máscara e luvas.

A reportagem tentou falar com uma PM que estava sem máscara e luvas, ela apenas fez sinal de não com os dedos e não respondeu à pergunta sobre falta de EPIs. Um agricultor admitiu o erro e prometeu, ao descer do ônibus:

- Vou comprar (máscara), não encontrei antes de viajar.

Uma mulher deu um sorriso acanhado e argumentou, questionada se não acha arriscado viajar num espaço fechado sem máscara, em companhia de desconhecidos que podem ter o vírus:

- Não faço questão, me desculpa.

Descaso

De um ônibus da Citral, saído de Taquara, desceram oito passageiros. Quatro não usavam qualquer tipo de proteção contra o vírus. Uma moça com várias bagagens e um violão nas costas, questionada sobre a falta de máscara, admitiu:

- Acho arriscado, sim. Mas não estou a fim de conversar sobre isso.

Zero Hora falou com três motoristas, que preferem não ter seus nomes publicados. Todos usavam máscara e luvas. Um deles disse que teve de comprar, porque a empresa não tinha para fornecer. Eles se mostram espantados com a falta de cuidado dos passageiros.

- A gente abre a janelinha dos lados, a janela de teto solar, tudo para ventilar. Os passageiros, porém, viajam sem qualquer preocupação. Inclusive muita gente da área da saúde, que tem vindo a Porto Alegre por obrigação. Acho o cúmulo da falta de responsabilidade - pondera um dos motoristas.

Outro condutor ressalta que "o único consolo - se é que pode se usar essa palavra - é que o fato da ocupação nos coletivos ser diminuta dificulta o contágio". Em contrapartida, lembra ele, causa um baque econômico nas empresas e a perspectiva de desemprego assusta.

HUMBERTO TREZZI

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