10 DE ABRIL DE 2020
+ ECONOMIA
Volta ao normal ou nunca como antes?
O distanciamento social muda comportamentos. Muitos querem a volta ao normal, outros acreditam que nada será como antes. Para ajudar a entender o que está acontecendo agora e projetar o que pode ocorrer no fim da crise, João Satt, presidente do G5, formado pelas empresas TWF/Competence e Sunbrand, encomendou pesquisa com mil gaúchos entre 1º e 3 de abril (gráfico acima).
- Precisamos pensar no que vai acontecer depois do confinamento. Queremos olhar para o futuro depois que os portões se abrirem.
Uma das principais conclusões é que a redução do poder de compra acentuou o consumo essencial: há interesse em gastar mais em alimentação, saúde e ensino. Os dois primeiros são óbvios, avalia, mas o ensino chama atenção, por embutir a perspectiva de reinvenção dos profissionais. Descontos à vista, sem preferência por ambiente físico ou digital, interessam a 51,3% dos pesquisados, no modo mais conveniente possível (59,6%).
Também apareceu oposição entre desejo e medo. No primeiro impulso, consumidores querem voltar à rotina (53,8%), viajar (39%), investir em estudos (21,3%). No segundo, há dúvida de se, retomando a vida normal, não haverá risco de contágio.
Último e importante recado: 84,7% disseram que empresas com sensibilidade e solidariedade na crise ganharam seu afeto.
MARTA SFREDO
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