O que não te ensinam em Harvard
Jaime Cimenti
Sim, claro, Harvard é das mais prestigiosas universidades do mundo, mas tem muita coisa para aprender fora de lá. Há anos fora de catálogo das editoras brasileiras, o clássico best-seller Isso você não aprende em Harvard - Os ensinamentos de um dos maiores empresários de todos os tempos (Editora Intrínseca.224 páginas, R$ 49,90), do lendário Mark H. McCormack, conhecido como o homem mais poderoso do mundo dos esportes, mostra, fora das salas de aula, orientações poderosas sobre o mundo dos negócios para uma vida profissional de sucesso. Ele é considerado o inventor do modelo de marketing esportivo que até hoje orienta o mercado global.
Com a IMG - International Management Group, criada em 1960, depois tornada a primeira empresa de gestão esportiva do mundo, Mark representou fenômenos mundiais do golfe como Arnold Palmer e Gary Player e transformou-se em referência absoluta do marketing esportivo. Hoje, a IMG segue sendo líder global nos segmentos de esporte, moda e mídia, operando em mais de trinta países.
"Para ser justo com a Harvard Business School, o que eles não ensinam é aquilo que não podem ensinar: como decifrar as pessoas e usar esse conhecimento para conseguir o que você deseja. Por outro lado, é justamente isso que o livro pode ensinar: como entender as pessoas, como influenciar o modo como elas o entendem e como aplicar ou personalizar essas duas coisas a qualquer provável situação comercial", explicava o autor do livro, que foi elogiado por Rupert Murdoch e Tiger Woods.
A obra de Mark segue sendo leitura obrigatória para executivos e gerentes de todos os níveis, sejam eles detentores ou não de MBAs. Mark ensina como ter habilidades, técnicas e sabedoria e apresenta dicas práticas para conduzir reuniões, observar pessoas e situações corporativas com objetividade e eficiência. Mark justamente apresenta o conhecimento adquirido cotidianamente, longe do também importante aprendizado acadêmico. Como se vê, uma nova edição oportuna e necessária do clássico de administração de empresas.
Lançamentos
- A Esperança contra a Esperança (AGE, 134 páginas, R$ 31,50), da premiada Maria Carpi, defensora pública aposentada e poeta, comemora os 84 anos da autora e terá lançamento dia 27/5, 11h, no Instituto Ling. O volume apresenta uma coletânea de poemas que falam de esperança e das diversas formas de expressá-la, sem respostas simples ou literais.
- Santas de Casa (Libretos, 96 páginas, R$ 48,00), de Fátima Farias, poeta, compositora, produtora e articuladora cultural, nascida em Bagé, traz fragmentos reais de infância e adolescência em forma de prosa, diálogos e versos. Manuela Lopes Dipp, poeta e advogada, apresenta a obra: a narrativa é companhia, cheiro de café, pão fresco, casa cheia e aconchego.
- A cozinheira de Frida (Editora Planeta, 496 páginas, R$ 109,90), da consagrada escritora e jornalista argentina Florencia Etcheves, é um romance histórico sobre amizade e destino. Quando Frida e Nayeli se cruzam, a segunda se torna cozinheira da Casa Azul e amiga da pintora mexicana mais famosa.
O Deus dos filósofos, por Urbano Zilles
As milenares questões envolvendo a existência ou não de Deus, as religiões,as diferenças crenças, as variadas expressões de fé, as múltiplas filosofias, as ciências, cristandade e tantos outros aspectos relacionados a Deus e às pessoas seguem em plena pauta, desafiando os cidadãos, os pensadores,os religiosos, cientistas, intelecuais e artistas.
O Deus dos filósofos (Paulus Editora, 160 páginas, R$ 29,00), do Monsenhor Urbano Zilles, doutor em Teologia pela Universidade de Münster (Alemanha) e Professor de Teologia e Filosofia na Pucrs desde 1969 (onde, de 1988 a 2004, foi pró-reitor de pesquisa e pós-gradução), com base em muitas leituras, alentadas pesquisas e profundas e percucientes reflexões, coloca o leitor a par do importante papel que a questão da existência de Deus exerceu na filosofia, desde sua origem na antiga Grécia até a modernidade, como uma questão que diz respeito ao ser humano em sua existência.
Quem somos? Para onde vamos? De onde viemos? Qual o sentido da vida? Deus existe? É possível comprovar sua existência? O agnosticismo é aceitável? Essas e outras perguntas eternas seguem. Talvez seja melhor que os humanos não descubram e saibam tudo. A aventura humana, em vários níveis, é infinita, ilimitada. Será que Deus planejou assim? Será que somos destinados a melhorar infinitamente?
Urbano Zilles, autor de aproximadamente 70 livros sobre filosofia e religião, orientou mais de 40 dissertações de mestrado e sete de doutorado e participou de mais de cem bancas examinadoras de mestrado e doutorado. O Monsenhor Urbano, um jovem que vai fazer 86 anos dia 1/6, desde 1982 é pároco da Paróquia Maronita Nossa Senhora do Líbano e desde 1985 é Assistente Eclesiástico do Movimento Emaús. Vida longa ao Monsenhor Urbano Zilles!
Nas oito partes desta obra abrangente mas concisa, clara e objetiva, Urbano Zilles trata da questão de Deus na filosofia pré-cristã, do Deus dos filósofos e da Bíblia, dos argumentos da existência de Deus, da avaliação de tais argumentos, de Deus na periferia, do super-homem e a morte de Deus, do novo discurso filosófico sobre Deus e da plausibilidade racional da existência de Deus.
Na introdução da obra, escreveu Urbano Zilles: "Partindo da história do pensamento filosófico, sem renunciar à responsabilidade e honestidade intelectuais, neste estudo examinamos , dentro das condições, possibilidades e limites do conhecimento humano,a plausibilidade racional de admitir a existência de Deus e de seu sentido para a vida humana também em nosso tempo, selecionando tópicos relevantes desde os antigos gregos até os tempos contemporâneos."
Como se sabe, após a segunda metade do século XX, as grandes correntes da filosofia tornaram-se "ateias" no sentido de silenciarem ou esquecerem a questão da existência de Deus. Será que Deus morreu, como disse Nietzsche? Parece que não. Ao menos na experiência religiosa. Na filosofia, Deus está esquecido ou colocado na periferia? São questões que a obra aborda, de forma consistente e didática.
A propósito
Nas linhas finais de seus estudos, Urbano Zilles sintetizou bem seus pensamentos e reflexões: "O ser humano dificilmente encontrará o Deus realmente vivo na filosofia, mas na fé e na revelação divina". "A religião continua o impulso criador da vida. Mais que provar racionalmente a existência de Deus, vale a experiência de saber-se amado por ele e amá-lo em sua obra, pois nosso conhecimento e nossa vida são limitados. Para o crente, Deus continua sendo tão Deus que pode respeitar a liberdade e as limitações da inteligência humana, sem deixar de ser Deus."
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