Amor pelo símbolo da cultura gaúcha Luciane Dalla Lana
Faleceu na sexta-feira a ex-secretária-geral da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria Luciane Dalla Lana Dalfolo. Ela tinha 54 anos e morreu em decorrência de uma infecção contraída após um procedimento cirúrgico.
Natural de Santa Maria, na região central do Estado, Luciane era filha de Sirlei Dalla Lana, ex- vereadora, e irmã do vereador Juliano Soares (PSDB). Ela atuava no setor de decoração de interiores. Em depoimento ao jornal Diário de Santa Maria, a irmã Daniela Dalla Lana contou que Luciane era uma pessoa muito ativa e vaidosa. Não por acaso, se dedicava intensamente e adorava trabalhar como decoradora.
- Nossa família é muito unida, nós nos ajudamos muito. Ficam as lembranças das coisas boas que ela fez durante os 54 anos em que esteve com a gente. Vai deixar muita saudade - afirmou Daniela. A Câmara de Vereadores do município utilizou as redes sociais para lamentar o falecimento de Luciane.
"Neste momento de dor e consternação, prestamos nossas mais sinceras condolências à família de Luciane Dalla Lana. (...) Desejamos que encontrem conforto e serenidade para superar essa perda irreparável. A memória de Luciane será sempre lembrada com carinho e admiração por todos aqueles que tiveram a honra de compartilhar sua jornada", escreveu a Câmara.
Conforme as mensagens de amigos e familiares nas redes sociais, Luciane tinha muita alegria de viver e um sorriso contagiante. "Mais lindo que uma flor, só esse teu sorriso. Te amo minha amada. Por toda eternidade", escreveu o marido Manoel.
Luciane deixa a mãe, Sirlei Dalla Lana, o esposo, Manoel Dalfolo, os irmãos, Daniela Dalla Lana e Juliano Soares, e a sobrinha, Maria Eduarda Dalla Lana. O diretor-executivo da Escola do Chimarrão, Pedro Schwengber, morreu ontem, aos 71 anos, em sua casa, em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo.
Empresário, Schwengber começou a atuar na divulgação do chimarrão no final da década de 1990, com um trabalho que tinha como objetivo ampliar o consumo da bebida, beneficiando, assim, a cadeia produtiva da erva-mate, tradicional em Venâncio Aires, a Capital Nacional do Chimarrão. Em 2004, foi fundado o Instituto Escola do Chimarrão. Em 2016, Schwengber recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa.
De ônibus, o empresário rompeu as divisas do Rio Grande do Sul ensinando a preparar os mais diferentes tipos de chimarrão. Percorreu diversos Estados e também foi ao Exterior divulgar as tradições gaúchas.
Assim, tornou-se referência para reportagens sobre o chimarrão. Na segunda-feira, participou do programa Gaúcha+, na Rádio Gaúcha, falando sobre a polêmica nas redes sociais em torno do chimarrão com Nutella. Na véspera, já havia dado entrevista a Zero Hora sobre esse mesmo tema.
Após assistir ao vídeo, Schwengber fez ressalvas mas se mostrou curioso a respeito da nova receita.
- O que se vê (no vídeo) é uma pessoa fazendo mate, não chimarrão, porque mate e chimarrão são sinônimos, mas quando houver adição de açúcar ou outros ingredientes, deixa de ser chimarrão e passa a ser mate doce, principalmente porque está sendo feito com leite.
A única ressalva que ele fez é o cuidado com as calorias dos ingredientes utilizados no vídeo, em especial aos diabéticos. - Sempre falamos que o chimarrão é democrático - acrescentou.
Homenagens
O governador Eduardo Leite, em postagem nas redes sociais, se mostrou chocado com a notícia e disse que na segunda-feira ainda se encontrou com Schwengber em um evento em Rio Grande, no sul do Estado.
"Atento e gentil como sempre. Um dedicado promotor da nossa cultura. Meus sentimentos a família e amigos", escreveu o governador em seu perfil.
Já a prefeitura de Venâncio Aires publicou uma nota de pesar e decretou luto oficial de três dias no município. "Foi ensinar São Pedro a preparar o chimarrão em 11 segundos e também os outros 36 tipos da nossa bebida preferida", diz o texto.
Pedro Schwengber deixa dois filhos, Rosileia e Tiago.
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