terça-feira, 20 de junho de 2023


20 DE JUNHO DE 2023
CONEXÃO BRASÍLIA

Carros com desconto: prorrogação é dúvida

O volume de recursos solicitados pelas montadoras para o programa de incen­tivo à compra de carros já alcançou R$ 320 milhões - 64% do montante total, de R$ 500 milhões. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O total autorizado de créditos tributários está dividido entre nove montadoras: FCA Fiat Chrysler (R$ 130 milhões), Volks (R$ 50 milhões), Peugeot Citroen (R$ 40 milhões), Renault (R$ 30 milhões), GM (R$ 20 milhões), Hyundai (R$ 20 milhões), Honda (R$ 10 milhões), Nissan (R$ 10 milhões) e Toyota (R$ 10 milhões).

A relação de automóveis incluídos no programa não sofreu alteração: são 266 versões de 32 modelos, com descontos patrocinados pelo governo de R$ 2 mil a R$ 8 mil, para veículos novos com preços de mercado até R$ 120 mil.

O MDIC avalia estender por 15 dias a exclusividade de pessoa física no programa de incentivo à compra de automóveis. O prazo inicial termina amanhã, e o texto da medida já previa a possibilidade de prorrogação. Concessionárias alertam que, ao liberar a entrada de empresas no programa, os estoques devem ser consumidos em poucos dias.

O ritmo de procura deverá fazer com que o programa, previsto para durar até quatro meses, seja encerrado em menos de um mês no caso dos automóveis. Há também incentivos para modelos específicos de caminhões e ônibus.

Dez montadoras aderiram ao programa na modalidade ônibus e 13 na modalidade caminhões. O volume de recursos solicitados nos dois casos não sofreu alteração nessa segunda-feira em relação ao primeiro balanço, ou seja, R$ 100 milhões para caminhões (ou 14% dos R$ 700 milhões disponíveis) e R$ 130 milhões para ônibus (ou 43% dos R$ 300 milhões disponíveis).

A coluna também apurou que há pressão de alas do governo para que sejam aportados mais recursos ao programa, mas a ideia sofre forte resistência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele já alertou pares na Esplanada que o custo de eventual prorrogação traria sérias consequências para o equilíbrio das contas públicas.

MATHEUS SCHUCH

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