sábado, 17 de junho de 2023


16 DE JUNHO DE 2023
POLÍTICA +

Simulador para um IPE irreal O que o governo Lula não fez pelo turismo na gestão Daniela

Sindicato que representa os servidores estaduais de nível superior, o Sintergs lançou ontem uma ferramenta que permite calcular o novo valor de contribuição para o IPE Saúde, caso a proposta do Piratini seja aprovada. Basta informar salário bruto, idade e número de dependentes.

A diferença para o simulador lançado em 23 de maio pelo governo é que o do sindicato mostra quais seriam os valores repassados ao IPE se os servidores tivessem recebido a reposição da inflação nos últimos nove anos, estimada em 60%.

Esse é um mundo irreal. A reposição da inflação custaria R$ 8 bilhões por ano.

Na reunião ministerial deste final de semestre, o presidente Lula reclamou da comunicação. É sempre assim: quando os governos vão mal, a culpa é da comunicação, já que jornalistas costumam ter as costas largas. Mas será que é falta de comunicação a ausência de notícias sobre o que foi feito pelo turismo na gestão da ministra Daniela Carneiro, mais conhecida como Daniela do Waguinho?

A gestão da ministra no Ministério do Turismo só não passou em branco porque desde o início ela não sai do noticiário, mas é pelos motivos errados. Esse, como outros ministérios considerados de segunda categoria, apesar de tratarem de temas relevantes, tem sido historicamente ocupado por pessoas de pouco ou nenhum preparo. A rigor, essas pastas só existem para acomodar aliados.

O Brasil poderia muito bem passar sem Ministério do Turismo e ganhar com isso. Indústria essencial para o desenvolvimento de um país com a riqueza do Brasil, o turismo merece mais do que amadores como Daniela ou como o sanfoneiro Gilson Machado, mais conhecido pela figuração nas lives do ex-presidente Jair Bolsonaro. Dos anteriores, quem lembra de algum feito relevante para estimular o turismo no Brasil? Desses dois, nada consta.

Daniela foi notícia pela descoberta de imagens de campanha em que aparece ao lado de miliciano condenado por homicídio. Defendeu-se dizendo que não tem como saber a ficha corrida de quem lhe oferece apoio e escapou da demissão. Mas brigou com seu partido, o União Brasil, e perdeu as "credenciais" para continuar no cargo.

O provável substituto, Celso Sabino, também não é expert na área, mas tem a bênção dos líderes do União Brasil e do todo-poderoso presidente da Câmara, Arthur Lira.

ROSANE DE OLIVEIRA

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