terça-feira, 23 de abril de 2019


23 DE ABRIL DE 2019
+ ECONOMIA

A VELHA - E MÁ - QUEDA



Nos últimos 10 meses, a média das previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 vinha declinando, com variações tão discretas - embora contínuas - quanto 0,01 ponto percentual, registrada em meados de março. Ontem, porém, a divulgação dos resultados da pesquisa feita na quinta-feira passada, último dia útil antes da semana seguinte, veio com quebra abrupta, de 0,24 ponto percentual.

O que ocorreu de diferente, entre uma semana e outra, foi o anúncio do resultado de fevereiro do Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que teve queda de 0,73%, quase o dobro da média das estimativas.

Embora a economia brasileira tenha problemas estruturais, como a crônica falta de poupança interna - que não teve grande salto no período de maior crescimento, entre 2000 e 2010 -, portanto de fontes para investimentos, esse comportamento repete o dos últimos dois anos.

A confiança sobe, por razões políticas, mas as expectativas não são atendidas, e o que parecia ser enfim um período promissor volta ao ritmo devagar, quase parando, da reação pós-recessão. No caso do atual governo, o otimismo em relação à capacidade de articulação murchou diante de sucessivos equívocos ou simples trapalhadas. Ainda dá tempo de salvar o ano. Mas é preciso dedicação.

MARTA SFREDO

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