terça-feira, 23 de abril de 2019



23 DE ABRIL DE 2019
RBS BRASÍLIA

Refém do centrão

Sem uma base de apoio organizada no Congresso, o Planalto ficou refém dos partidos do centrão. Organizado por Eduardo Cunha, que era presidente da Câmara na época, esse grupo, formado por partidos como PP, PR, PRB e SD, segue com poder por somar um bom número de votos e por conhecer os bastidores na Casa. Diante da falta de habilidade dos governistas, o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), faz valer a experiência na política e se transformou no dono da bola. Ele pressionou e conseguiu convencer o governo a alterar o relatório ainda na CCJ e até o último momento tentava emplacar novas modificações. 

Ele é igual a um bebê. Nunca está satisfeito. Quer mamar de hora em hora reclamava um dos aliados do governo. Essa primeira etapa da reforma deixa uma dura lição para a equipe do presidente Jair Bolsonaro: discursos enfurecidos na tribuna do plenário ou bravatas nas redes sociais não são suficientes para a aprovação de temas importantes no Congresso.

ESPECIALISTA

Tropa de choque do então presidente Michel Temer nas negociações da reforma da Previdência, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) auxilia o Planalto na elaboração dos mapas de votação e na articulação política. Ficou com ele a missão de conversar com o líder do MDB, Baleia Rossi (SP). Dos quatro emedebistas na CCJ, dois são gaúchos: Alceu Moreira e Márcio Biolchi. Perondi é suplente e disse à coluna que vota no lugar de um colega caso alguém tenha dor de barriga ou contratempo.

MEDO DE QUÊ?

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convenceu o secretário da Previdência, Rogério Marinho, a abrir os números da reforma na quinta-feira, logo depois da aprovação do texto na CCJ. Ao líder do Novo, Marcel Van Hattem (RS), Marinho havia prometido derrubar o sigilo no primeiro dia da Comissão Especial. A oposição, no entanto, vai exigir os dados ainda na CCJ.

TABELAMENTO

O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí solicitou à Unijuí um estudo sobre a tabela do frete. A pedido do governo federal, a USP está fazendo um levantamento sobre a composição de um preço mínimo. A universidade vai analisar a metodologia empregada e as informações vão auxiliar os gaúchos nas mesas de negociações.

Colaborou Silvana Pires

CAROLINA BAHIA

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