segunda-feira, 22 de outubro de 2018


22 DE OUTUBRO DE 2018
RBS BRASÍLIA

TSE e o milagre


Paralisado diante das denúncias envolvendo notícias falsas no WhatsApp, o Tribunal Superior Eleitoral resolveu minimizar a situação. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, disse que ainda não encontrou o milagre para solucionar o problema. Mas o caso não é para santo milagreiro. É uma questão de planejamento. Alertado há mais de um ano, o TSE poderia ter mobilizado equipes para acompanhar de perto as agências que transformaram as mensagens nas redes sociais em um novo jeito de fazer campanha. 

O ministro da Segurança, Raul Jungmann, afirmou que não há como se esconder atrás do anonimato na internet e que a Polícia Federal tem como identificar autores de ameaças, por exemplo. O TSE faz o dever de casa quando explica e defende a eficácia das urnas eletrônicas. Voltar ao voto em cédula seria um dos maiores retrocessos da história da democracia brasileira. Mas a Justiça Eleitoral precisa dar um passo adiante e aprender a fiscalizar a campanha virtual.

A candidata a vice Manuela D?Ávila (PCdoB) acompanha hoje e amanhã o presidenciável Fernando Haddad (PT) nos compromissos de campanha. Nesta reta final, no entanto, o foco da deputada serão as cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. No domingo da eleição, a candidata vota na capital gaúcha e embarca para São Paulo, onde acompanha a apuração ao lado de Haddad.

Apontado como ministro da Casa Civil em caso de vitória de Jair Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) adiantou à coluna que entre hoje e quarta-feira serão anunciados apoios, ampliando a base política, e a adesão de setores importantes para a governabilidade. Com a missão de articulador político, Onyx deixa Brasília no início desta semana e passa os últimos dias de campanha no Rio.

Quem não tem relevância no cenário político pode dizer os maiores absurdos que ninguém vai ouvir. Esse não é mais o caso da família Bolsonaro. A frase do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) sobre o STF seria apenas fanfarronice, se ele não fosse quem é. Em nota, ele se desculpou e negou que defenda fechar o Supremo. Também o presidenciável Jair Bolsonaro afastou a infeliz ideia.

Colaborou Matheus Schuch

CAROLINA BAHIA

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