sábado, 24 de novembro de 2018


24 DE NOVEMBRO DE 2018
GERAL

Banho é cortado e lençóis não são trocados

Mesmo com o conserto da adutora e a retomada do bombeamento para os canos, parte dos moradores de Gramado, na serra gaúcha, seguiu sem água na sexta-feira. De acordo com a Corsan, eram casos isolados onde o fornecimento demora mais a chegar.

Entre os principais impactados, estão os moradores e comerciantes dos bairros Dutra, Floresta, Moura, Piratini e Várzea Grande. Nessas regiões, historicamente, a água termina antes e retorna depois.

Abaixo de sol a pino, as comunidades receberam a visita de caminhões-pipa. Ao longo do dia, os veículos repetiram a viagem entre Três Coroas, onde são abastecidos, e Gramado para distribuir 5 mil litros por imóvel - pelos cálculos de proprietários de hospedagens lotadas, quantidade insuficiente para sobreviver ao fim de semana.

QUEIXAS DE TURISTAS E AMEAÇA DE PROCESSO

Localizada no bairro Floresta, a Pousada Luar Serra assistiu à desistência de seis casais. Aos que resistiram, os donos tiveram de alertar que lençóis não seriam trocados e banhos seguiam impossibilitados.

- É constrangedor. Dá vontade de fechar as portas e ir embora - reclamou um dos proprietários, Pedro Tavares Júnior, enquanto um caminhão-pipa estacionava na calçada. - Olha o quanto estou pagando pelo vento - completou, ironizando a sua última conta da Corsan, no valor de R$ 660.

Uma de suas vizinhas, Elisabete Benetti, conta que precisou se desdobrar em esclarecimentos para os hóspedes cariocas e nordestinos. De alguns, ouviu queixas e, inclusive, ameaças de processo.

Já a proprietária da pousada Aardvark Inn adiantou-se. Uma semana antes, quando soube da obra programada pela Corsan, Grasiane Mossini comprou duas caixas d?água e conseguiu evitar o prejuízo de perder turistas. Para este final de semana, aos 80 hóspedes acomodados em seus 30 apartamentos, orientou o "uso racional":

- Esse colapso resume-se à falta de gestão. Sabiam que iria acontecer.

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