sexta-feira, 2 de novembro de 2007



02 de novembro de 2007
N° 15406 - Rui Carlos Ostermann


Os desatinos

Houve um constrangimento que não foi pequeno, calou algumas pessoas e a todos deixou preocupados.

Vieram de Curitiba as notícias, da noite do jogo e de ontem de manhã no aeroporto. Difícil pôr tudo em ordem, registrar com segurança as responsabilidades, a ordem dos fatos.

Também não se sabe o que possa acontecer como conseqüência dos desatinos do Arena. Haverá indiciados, punições, afinal ninguém poderá autorizar brigas, provocações e feridos.

O Grêmio, que joga sábado contra o Figueirense, no Olímpico, talvez tenha perdido o rumo firme de classificação para a Libertadores.

Os inegáveis méritos da campanha até agora garantem a Copa Sul-Americana. Mas o time está no mínimo contaminado por todas essas discussões e sobretudo por todas as justificativas.

Um jogador emblemático, capitão do time, referência técnica acima da média do grupo, experiente e bem formado, Tcheco é o principal motivo da queixa pública do técnico Mano Menezes, que deve ter perdido a paciência, mas técnico não perde a paciência, perde jogos, é outra coisa.

Sábado, Tcheco não joga, mas quando jogará? Faltarão três jogos e o julgamento. A crítica de Mano Menezes deverá circular livremente pelo Olímpico, Imagine-se os outros jogadores, o que devem estar pensando dessa desavença e o que lhes cabe de tudo isso?

Não se falou de outra coisa ontem no Sala de Redação que se fez da Feira do Livro, no Teatro Sancho Pança, à frente de gremistas constrangidos e colorados precavidos. É o que se fala em toda parte e vai se continuar falando. Esperam-se agora os atos do STJD.

Tudo é risco e tudo começou publicamente mesmo em Curitiba, mas com os dentes quebrados no Olímpico e esse do Pelaipe ontem.

Vaias justas

A vaia do torcedor foi justa. Afinal, era jogo de casa, era importante vencer, o adversário por certo sairia feliz com o empate. E sendo o que aconteceu, ficou ruim para o Internacional.

O time mais uma vez não teve boa articulação, a volta de Elder Granja não foi suficiente, a intensidade dos movimentos de Guiñazu, tampouco, e as poucas situações que apareceram para que saísse gol foram desperdiçadas.

A insistência com a bola alta passou a ser quase a única instância, mas ela também não foi vitoriosa. E como essa foi uma semana de discussão em cima da constatação de que o time é muito irregular, o empate com o Sport não ajudou em nada:

pelo contrário, acrescentou mais problemas, Alex não conseguiu jogar e nem Adriano e nem Christian, que entraram depois, deram qualquer acréscimo. Um empate com vaias, aliás, justas.

Leitor

Viro leitor essa noite na Tenda de Passárgada, entre o Memorial e o Santander Cultural, eu e vários amigos da Raquel Grabauska porque o texto é dela, do livro que lançou ontem na Esquina das Histórias (a Feira é toda remarcada assim), que todos elogiam pela delicadeza infantil, As Histórias Mais Loucas do Mundo, edição da Artes e Ofício.

Não sei como se faz mais, não vou empostar a voz, que isso é adulto e pretensioso. Todos os dias aqui têm sido assim. Não sobra tempo para mais nada do que se deve fazer com toda a urgência.

Ontem almocei apressadamente com o presidente Waldir da Silveira, a Cristiane e Karen, logo depois do Sala e a caminho do Entrevista com breve desvio para o Salão dos Jacarandás da mesa sobre futebol e literatura.

Bom.

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