segunda-feira, 5 de outubro de 2015



05 de outubro de 2015 | N° 18315
ARTIGOS -MAIRA CALEFFI*

PARA TODAS AS MARIAS


Em mais um Outubro Rosa, mês em que a sociedade se mobiliza na luta contra o câncer de mama, faço um convite especial. A todas as mulheres, a todas as Marias, convido ao despertar da consciência de que podemos muito mais do que imaginamos. E o mais importante: devemos ter a certeza de que a doença é um obstáculo contornável, dependendo da maneira como se a enfrenta.

Todas nós podemos e devemos receber tratamento médico de excelência no combate ao câncer de mama. As quase 60 mil pessoas diagnosticadas com a enfermidade anualmente no Brasil têm de procurar e encontrar procedimentos eficazes, com equipes multiprofissionais, em centros de câncer preparados para um atendimento integral. É o mínimo que uma população que trabalha quase seis meses por ano apenas para pagar impostos pode esperar. Mas há outras formas de protagonismo que nós, Marias, devemos assumir.

Na era da informação, cabe a nós buscar conhecer as formas de diminuir os riscos para a doença, seus sintomas e os caminhos a seguir caso ocorra o diagnóstico. Por exemplo, neste ano, o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, oferece palestras gratuitas à população todas as quartas-feiras do mês – basta inscrever-se. 

Devemos, também, poder contar com a parceria de familiares e amigos para enfrentar o tratamento e o seguimento da pessoa que tem o diagnóstico de câncer de mama. É preciso que todos aqueles que cercam a paciente estejam à sua disposição, de forma compreensiva. Mais do que nunca, a pessoa nessa situação deve ser a estrela, a personagem principal de uma história que tem tudo para chegar a um final feliz.

É esse despertar que propõe o tema do Outubro Rosa 2015: “Para todas as Marias”. Que todas as mulheres estejam cientes de suas possibilidades, de que o diagnóstico precoce oferece 95% de chances de cura, de que o companheirismo de pessoas queridas é indispensável e de que um bom tratamento é inegociável. Assumir o devido protagonismo, exigir os direitos cabíveis e encarar a doença como um trampolim para a ressignificação de sua vida são as bases para vencer o câncer de mama e colorir a vida de rosa.

Presidente Voluntária do Imama RS e Femama*

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