Quebre a caixa, fure a bolha
Navarro é do Portal Dinherama e do Canal AutoVídeos, e seus textos ágeis e objetivos
REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
Quebre a caixa, fure a bolha - É hora de romper as regras (Faro Editorial, 160 páginas), de Conrado Navarro, mineiro, empresário, triatleta e colecionador de carrinhos (tem 500) e livros (1.500), é desses livros que bem poderia ter um palavrão na capa, mas que não funcionam muito bem na vida real.
Navarro é do Portal Dinherama e do Canal AutoVídeos, e seus textos ágeis e objetivos, acima de tudo, convidam a olhar a realidade a partir de um outro ângulo, assumindo riscos e responsabilidades como parte de um plano. Quebrar a caixa e furar a bolha deve ser uma decisão consciente e ousada.
Os textos falam em se preocupar mais em fazer do que acertar, em conhecer o dono da padaria, escutar a mãe e decidir sozinho, ser mais cara de pau, tomar café com estranhos, administrar bem o ego, pagar as contas em dia, decidir não ter chefe, aprender a pedir desculpas, falar mais em público, praticar um esporte desconhecido, dizer não com mais frequência e passar algumas noites em claro, entre outros temas modernos.
O livro é dedicado a todos que em algum momento estiveram com altas expectativas e logo depois desabaram numa frustração por não alcançar o que queriam. Ou que, em determinadas horas, simplesmente não tiveram um pouco mais de ousadia, coragem ou cara de pau para fazer algo em que acreditavam.
A obra aborda a realidade como algo bem diferente daquilo que foi planejado e do que a pessoa acreditava controlar e apresenta histórias e reflexões sobre o que podemos aprender com os fracassos e frustrações. Navarro pensa que, muitas vezes, para ser um destaque na carreira, você não precisa ser próximo de grandes líderes empresariais e ter acesso aos seus segredos profissionais, e acha que conversar com o comerciante da esquina pode ser até mais produtivo para enxergar novas perspectivas.
Navarro acredita que, para criar oportunidades de negócios e novos apoiadores para suas ideias, faz mais sentido convidar pessoas que você admira para uma conversa do que ficar tratando tudo virtualmente. Enfim, um bom livro para os movimentados dias de hoje, quando é preciso fazer a diferença e inovar.
Feliz Porto Alegre!
Desculpe o atraso, querida Cidade Sorriso (vocês sabiam, queridos leitores, que Porto Alegre tem esse apelido?). Nunca é tarde para abraçar a aniversariante, abraço de longe, que estamos em tempo de guerra de vírus coroado. Pena teu aniversário cair justamente em meio a esta pandemia-pandemônica.
Bom, teu níver foi dia 26 e hoje é só 3 de abril, sexta-feira. Pequeno atraso. Feliz happy Porto Alegre! Campai, longa e feliz vida para ti! Perto de Roma, Londres ou Paris, ainda és uma guria. Para mim, de certa forma, és ainda uma açoriana meio tímida, que não se solta muito nem no Carnaval. Mas és bem mais descontraída que antes, isso não se pode negar.
Os mal-humorados e críticos te chamavam de carroça, de província e outras coisas mais. Mas qual o problema em ser carroça ou província? Melhor que ser cidade destruída por guerras, abandonada pelos habitantes ou dominada por malvados de todo gênero. Ou ser metrópole sem belezas humanas ou naturais. Nossa verdejante e ondulante cidade parece San Francisco, da Califórnia.
Neste aniversário, a marca da festa foi o Pacto Alegre, essa ideia feliz envolvendo prefeitura, Pucrs, Unisinos, Ufrgs e vários órgãos públicos e privados, com apoio do Badesul, Sicredi e Agibank. Tomara que o pacto te deixe mais inovadora, moderninha, com cara de startup criada por essa gurizada esperta que anda por aí criando novidades.
Chega de ficar dizendo que Porto Alegre é um lugar bom para voltar, e uns aí agora andam dizendo que Porto Alegre é um ótimo lugar para sair e agitar em São Paulo ou Nova York. Muitos quando olham a ponte do Guaíba pela janelinha do avião, especialmente se for no inverno, amarram a carranca e já descem reclamado do preço dos restaurantes, dos problemas da cidade etc.
Gosto de Porto Alegre. Nasci em Bento Gonçalves, modéstia à parte, mas com 12 anos cheguei aqui para viver num apartamento da Felipe Camarão com a família. Lá me iniciei como gut-goi e me envolvi para sempre com os patrícios. Depois morei e trabalhei décadas no Centro e, nos últimos 30 anos, moro e trabalho no Moinhos, esperando que o bairro mantenha o velho gabarito, mas com toques de futuro.
Não gosto muito do clima de Porto Alegre. Tirando abril e outubro, o resto do ano é complicado e estavam certos os que lá por maio iam para o Rio ou para a Europa e voltavam lá por outubro, para ver os jacarandás e pegar a Feira do Livro. Agora em abril é hora de serenar os ânimos e as cabeças, se aconchegar num cobertor de orelha, tomar um chá ou algo mais forte, ler um romanção de oitocentas páginas e pensar que existe equilíbrio, delicadeza e sentido nessa vida. Com essa porcaria do coronavírus tá meio brabo, este ano, mas enfurnados na quarentena podemos entrar em nossas casas e em nós mesmos de uns outros jeitos aí.
Acho que o melhor dos últimos tempos para Porto foi a criação da orla. Espaço amplo, ensolarado, democrático, costeando o fazendão que é o Parque Marinha, deixa nossa cidade com cara de Rio de Janeiro ou Nova York. Aliás, vista de longe, a ponta do Gasômetro é a cara de Manhattan, quem ainda não sabe?
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