22 DE ABRIL DE 2020
+ ECONOMIA
Pequenas esperanças
O segmento de pequenas e microempresas é monitorado por pesquisas semanais do Sebrae-RS. A primeira ocorreu entre 3 e 11 e a segunda, de 12 a 18 de abril. O resultado indica leve redução no impacto negativo, de 75% para 71%. Outro bom sinal é o aumento de 16% para 20% dos que se consideram favorecidos, a maioria no comércio.
Ocorreu discreta redução no percentual dos que tiveram diminuição no faturamento: eram 90% na primeira pesquisa, passaram a 86%. A perda segue forte: mais de 50% para 67% das empresas. Cresceu, ainda, o grupo que manteve a receita, de 7% para 11%, e ficou em 3% a proporção dos que conseguiram ampliá-la. Sobre a expectativa para 30 dias, 7% falam em encerrar operações, mas a maioria avalia que vai se manter no mercado, com aumento considerável de 32% para 38% em sete dias. Houve leve avanço, de 3% para 4%, entre os que pretendem se expandir.
Navego e não pago
O distanciamento social ocasionado pela pandemia de coronavírus gerou um aumento no consumo de internet no país. Mas um efeito colateral foi o aumento da inadimplência entre os usuários do serviço. Segundo dados da Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet (InternetSul), o tráfego de internet chega a ser 40% maior durante o período. Nas últimas duas semanas, o número de clientes que deixaram de pagar a conta duplicou, de 10% a 20%.
Em algumas provedoras, esse índice é ainda maior: 40%.Segundo o presidente da InternetSul, Ivonei Lopes, no Brasil cerca de um terço de todo o consumo de internet é atendido por pequenas e microempresas. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 10,3 milhões de usuários utilizam o sistema de 14,1 mil provedores regionais no país. A entidade pondera que é preciso amparar de alguma forma essas empresas, que podem enfrentar dificuldades para sobreviver e manter o serviço aos usuários.
MARTA SFREDO
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