EDUCAÇÃO ONTEM, HOJE E SEMPRE
Qual o objetivo da educação? Creio que uma das melhores respostas para essa pergunta é a que diz que prepara o ser humano para ser aprendiz ao longo da vida em uma sociedade em permanente mudança. Se o aprendizado deve acontecer de forma constante, é interessante lembrar que o visionário Steve Jobs afirmou que a vida é sobre criar e viver experiências que vale a pena serem compartilhadas. É importante ter em mente que a forma como se ensina e se aprende hoje é diferente da maneira como ensinamos e aprendemos ontem e, por isso, é preciso experienciar, criar o hábito de experimentar o novo.
Nesse sentido, a pergunta que devemos fazer é: o que posso aprender hoje? Porque educação é isso. É via de mão dupla (e, muitas vezes, de várias mãos), é conexão, é desconstruir para depois construir juntos, é compartilhamento de experiências. Assim, entende-se que educação não pode ser restringida a um conceito apenas, a uma única resposta.
Educação não é futuro: é ontem, hoje e sempre, o tempo todo, sem parar! É ferramenta de transformação social para muitos, é a base de criatividade e inovação para outros, é combustível para projetos empreendedores e de empoderamento econômico-social, é o caminho para desenvolver novas habilidades e capacidades que podem subverter realidades.
Educação é um organismo vivo que precisa ser alimentado constantemente com interação e integração entre pessoas, com novas tecnologias e diferentes formas de aprendizagem, debates e encontros de ideias contínuos. Portanto, sempre é tempo de se falar e pensar em educação. Especialmente naquela que queremos, podemos e devemos ter, sem mais nem menos. Educação deve estar na pauta permanente da sociedade desenvolvida, livre, justa e transformadora. Por isso, nos dias 17 e 18 de novembro, estaremos reunidos no Experience Senac 2022, evento 100% gratuito e promovido pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac. Durante dois dias, na sede da entidade na capital gaúcha, ocorrerão atividades e talks com importantes palestrantes que compartilharão suas experiências. Todos serão bem-vindos.
Porto Alegre está em júbilo. A Feira do Livro, em 2022, repõe a cultura e a interação presencial na cidade. A população, ávida de livros, histórias e reflexões do nosso tempo, caminha pela Praça da Alfândega, entre árvores e as bancas coloridas das livrarias e editoras. Os títulos são inúmeros, dos mais variados gostos e temáticas. Em meio a best-sellers com muita divulgação, títulos são conhecidos pela interação dos livros com as dinâmicas digitais, refletindo grandes autores e séries televisivas consagradas no mercado literário.
Destaco uma particularidade que ocupa espaços em nosso imaginário literário: os escritores independentes. São escritores autofinanciados, sem verba publicitária, e com vinculações fortes com a cultura local. Em um primeiro momento são invisíveis para a maioria dos leitores. São autores que vivem uma jornada para publicar. Tornam a ideia em texto literário. Depois, fazem a via-crúcis entre editoras para serem publicados, mesmo sem o apelo das grandes vendas. Por fim, a dificuldade principal: vender seus livros em meio a tantos famosos.
Pois bem, agora surgem editoras voltadas para o escritor independente. Podem ser encontrados com exclusividade em bancas que priorizam esta literatura. São livros que apresentam distintas visões e histórias que, no grande mercado editorial, dificilmente são encontradas. Uma literatura de grande qualidade e identificada com as nossas realidades.
Na feira deste ano, os escritores independentes estão
determinados a ocupar espaços, articulando entidades e academias
literárias que se expressam em algumas bancas e nas sessões de
autógrafos individuais e coletivos. Vale a pena experimentar esta nova
literatura, uma cultura de raiz, capaz de construir uma identidade com
os leitores. Procure os escritores independentes, compre os livros, leia
e presenteie seus amigos, compartilhe nas redes. Valerá a pena!
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