quarta-feira, 31 de julho de 2019



31 DE JULHO DE 2019
ARTIGOS

TRANSIÇÃO SEM RUPTURA

A Assembleia Legislativa viveu um primeiro semestre muito importante. Foi responsável por ajudar na transição do governo, enfrentando temas que restavam pendentes para continuar o enfrentamento da maior crise fiscal que já vivemos, sem grandes rupturas que pudessem causar a descontinuidade de ações fundamentais.

Entre 2015 e 2018, cumpri o desafio de integrar a equipe de José Ivo Sartori, que desencadeou um processo de transformação histórico para o Estado.

Implementamos medidas e aprovamos no parlamento projetos de mudanças estruturais, modernizando o Estado para direcionar o dinheiro da população para o que ela mais precisa: segurança, saúde, educação e infraestrutura.

Como secretário de Planejamento, contribuí para atingirmos esses objetivos. Iniciamos a desmistificação do debate quanto à privatização de empresas estatais que enfrentam enormes dificuldades financeiras ou não contam com a capacidade de investimentos necessários. Casos claros de CEEE, CRM e Sulgás. O processo de discussão e sensibilização da opinião pública, que em sua maioria apoiou a decisão, culminou com a aprovação na Assembleia da autorização para alienação, venda ou federalização dessas empresas.

Votei com coerência e convicção, aprovando a permissão para o novo governo avançar nesta direção. Oportunidade rara de prosseguir no Legislativo aquilo que iniciamos no Executivo.

Ainda nesse contexto, a aprovação de uma LDO novamente realista, que consolida 2020 como o quinto ano consecutivo de responsabilidade fiscal com as contas estaduais, foi outra chance de mostrarmos isso.

Não há mais espaço para demagogia com o dinheiro da sociedade. Ainda não conseguimos colocar a despesa dentro da receita. Temos um longo caminho para recolocar o Rio Grande do Sul nos trilhos. Mas seguimos para o restante do ano com a certeza de ter não somente auxiliado na transição entre governos, mas sustentado o interesse da maioria dos gaúchos, que é o de tornar nossa máquina mais eficiente e menos ideológica e corporativista.

CARLOS BÚRIGO

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