segunda-feira, 2 de agosto de 2010



02 de agosto de 2010 | N° 16415
PAULO SANT’ANA

De que adianta ser melhor?

Faça de conta que você é obrigado a escolher a alternativa.

Se lhe fosse dada a possibilidade de, estando no meio de uma quadra de arrabalde, às duas horas da madrugada, sem ninguém mais na rua, escolheria encontrar-se com um pitbull ou com um rotweiller?

Não dá para fugir da resposta: escolheria topar de madrugada com um pitbull ou com um rotweiller?

Na verdade, você poderia escolher qualquer um dos dois, a chance sua de sobreviver seria a mínima com ambos. Os dois são assassinos. Se lhe fosse dado, nas mesmas circunstâncias, escolher entre topar de madrugada com um pitbull ou com um assaltante, qual escolheria?

A resposta mais sensata é que escolheria encontrar-se com um assaltante, as chances de você sobreviver seriam muito maiores do que ir de encontro ao assassino pitbull.

Se, no entanto, você vai caminhando por uma rua erma, às duas da madrugada, poderia defrontar-se no meio da quadra com um pitbull ou com um chato, qual dois dois escolheria?
O certo seria escolher o pitbull, que lhe oferece mais chances de sobreviver do que um chato.

Não dá para culpar nem demitir Silas quando se sabe que choveram pênaltis na área do Internacional. Foram quatro pênaltis a favor do Grêmio não assinalados pelo juiz, dois deles claríssimos.

No último, Sandro atira o antebraço para a bola. E bate com o antebraço na bola.

Os jogadores gremistas reclamaram do escândalo e o árbitro desavergonhadamente fez sinal de que a bola tinha ido ao encontro da zona mamária de Sandro.

Ora, vá mamar numa...Os dois gols perdidos pelo Grêmio no primeiro tempo foram elucidativos sobre quem foi o melhor no Gre-Nal.

O Grêmio foi melhor. Hão de perguntar com razão: de que adianta ser melhor?

Olha, adianta alguma coisa, não demite o treinador, acalma um pouco a cobrança férrea, pelo menos não perdeu para o grande rival.

Mas é preciso que se exalte que o Inter jogou apenas com cinco titulares.

Ou seja, é preocupante que o Grêmio não consiga vencer um time quase reserva do Internacional.

Ou seja, a atual direção do Grêmio construiu um time ridículo para disputar este campeonato nacional. Um time que continua a deixar a nós, gremistas, com o coração na mão, receosos de sermos rebaixados para a segunda divisão.

Não bastasse esse terror, vale ainda dizer que o tamanho do Grêmio é tão grande, equivalente ao tamanho da folha de pagamento do vestiário, que o que tínhamos é de estar disputando um lugar na zona da Libertadores.

O Grêmio é grande, mas tem se mostrado pequeno. Até quando? Até quando? Quando é que vai surgir um presidente gremista para erguer um time digno?

Quando?

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