quarta-feira, 26 de abril de 2023



26 DE ABRIL DE 2023
+ ECONOMIA

Rede de móveis de luxo se expande

Especializada em mobiliário de luxo, a Real Wood (Madeira Verdadeira, em português), de Gramado, está ampliando sua atuação. Comandada por Cláudia Tissot e Joel Mazotti, acaba de abrir uma loja em um dos pontos mais tradicionais da cidade da Serra, a Avenida das Hortênsias.

O investimento é de R$ 3 milhões. Batizada de Real Wood Concept, a loja tem 1,1 mil metros quadrados. No local, os clientes vão acessar um showroom com 60 ambientes decorados pela equipe de arquitetos e designers de interiores da marca - entre os quais, uma cozinha "100% funcional", projetada para receber eventos gastronômicos de "todos os portes".

A empresa também vende estofados feitos com tecidos finos e couro. Neste sentido, uma área específica da unidade terá 850 modelos de tecidos exclusivos das marcas Quaker e Memory, além de 35 tipos de couro. Colchões da marca europeia Pikolin - de R$ 8 mil a R$ 55 mil - também fazem parte do portfólio de produtos da Real Wood Concept.

Indicação técnico-política para Banrisul causa surpresa

A indicação de Fernando Lemos para a presidência do Banrisul causou alguma surpresa no mercado, especialmente fora do Estado. Lemos é considerado um dos últimos presidentes do banco público definido por critérios partidários, mas o fato de já ter passado pelo cargo dá verniz técnico a uma escolha política - além do fato de que o mesmo ocorreu no BNDES com a mudança de governo.

- Como Lemos já esteve no cargo, a indicação deve ser vista como técnico-política - avalia Luiz Miguel Santacreu, analista de risco da Austin Rating.

O analista, que acompanha o banco há décadas, pondera que o Banrisul "não tem alterado muito sua linha nos últimos anos": - Não é um banco politizado. Ainda que adote um foco maior em políticas públicas, não dá para reinventar a roda.

Santacreu lembra que, no contexto nacional, os bancos estão "tirando o pé do crédito", principalmente devido à elevada inadimplência:

- É uma equação que precisa de equilíbrio. O banco público pode ter foco social e na economia do Estado, mas tem de observar o risco de inadimplência. Não pode ser oito nem 80. Esse momento é mais delicado. Aumentar a concessão de crédito quando famílias e setor produtivo estão mais debilitados vai exigir cautela. Pode aliviar os problemas de algumas empresas que precisam de crédito, mas é preciso ter cuidado com a saúde do banco. É importante atender às necessidades da população, sempre respeitando os critérios de qualidade de crédito.

Outro ponto para observar, acrescenta Santacreu, é a composição da nova diretoria do banco e como será o processo de aprovação dos nomes pelo Banco Central (BC):

- Aí, vai ficar mais claro se o banco vai ter composição mais política ou se haverá mais funcionários de carreira e gestores técnicos. De qualquer forma, o banco sempre terá de atuar sob o guarda-chuva do BC e o arcabouço regulatório de fiscalização. Se tiver viés mais político, terá de ser dentro das regras do jogo.

MARTA SFREDO

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