Servidores querem prazo para negociar
Representantes do governo do Estado se reuniram na noite de ontem com entidades ligadas aos servidores públicos para tratar sobre o plano de recuperação do IPE Saúde. Os encontros ocorreram a portas fechadas, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e contaram com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene.
Conforme informações antecipadas pela Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP-RS) e pelo Fórum Permanente em Defesa do IPE Saúde, a principal crítica às alterações sugeridas pelo Estado diz respeito à contribuição por dependentes, valor que tem ainda mais peso para aqueles servidores com baixa remuneração.
A FSP, que foi a primeira a se reunir com os integrantes do governo, pede que o projeto de lei sobre o tema não seja encaminhado à Assembleia Legislativa sem negociação prévia com as entidades e "com uma resolução urgente da questão salarial do funcionalismo público", assim como requer que o projeto não seja encaminhado em regime de urgência, conforme ofício entregue na reunião.
Ao final, Helenir Schürer, presidente do Cpers, uma das 16 entidades representadas pela FSP-RS, disse que não há como discutir a reforma do IPE sem antes discutir o reajuste salarial para os servidores. Apoiada pelos presidentes dos demais sindicatos, Helenir avalia que o projeto do governo é desigual.
- Não consigo entender como o governo apresenta uma proposta de taxar em R$ 501 o marido da funcionária de escola que ganha R$ 657 e, ao mesmo tempo, propor que o governador, que tem 38 anos, deixe de pagar R$ 1.099,92 para pagar R$ 400 - comentou a presidente do Cpers, sindicato que representa os professores.
Debate
O Fórum Permanente em Defesa do IPE, recebido posteriormente, pediu mais transparência do Estado com relação aos dados de quanto o instituto deixará de arrecadar com a possível redução das contribuições dos grandes salários e quanto haverá de aumento na arrecadação com a elevação das alíquotas e da cobrança dos dependentes.
Ao mesmo tempo, questionou o impacto causado pelo aumento na coparticipação em exames, de 40% para 50%. Até o fechamento da edição, o segundo encontro não havia terminado.
GABRIEL JACOBSEN RAFAEL FAVERO
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