quarta-feira, 26 de abril de 2023


26 DE ABRIL DE 2023
INFORME ESPECIAL

Conferência Mentes Brilhantes O "sharenting" e o irresistível apelo das redes sociais

Anota aí: Porto Alegre vai receber, no dia 27 de junho, nomes de referência do empreendedorismo brasileiro para compartilhar experiências, ideias e conhecimentos sobre o mundo dos negócios. A primeira edição da Conferência Mentes Brilhantes será no Auditório Araújo Vianna. A expectativa é reunir mais de 3 mil pessoas.

O evento terá painéis no formato "talk" - rápidos e objetivos, de no máximo 20 minutos - com a participação de craques do mercado, empresários, consultores e comunicadores. A palestra principal, com uma hora e meia de duração, será do economista Ricardo Amorim (foto), que por anos participou do icônico Manhattan Connection, gravado em Nova York e inicialmente veiculado no canal GNT. Analista de cenários econômicos, Amorim foi eleito uma das cem pessoas mais influentes do Brasil pela revista Forbes.

Para saber mais sobre o evento e garantir ingressos, é só acessar, a partir de amanhã, o site projetomentesbrilhantes.com.

Saiu no Le Monde - o principal jornal francês - no início de março. Repercutiu na imprensa internacional, da alemã Deutsche Welle ao canal de notícias Euronews, e agora está reverberando no Brasil. Resumindo, é o seguinte: a França discute a possibilidade de proibir pais e mães de postarem fotos dos filhos nas redes sociais. Polêmica pouca é bobagem.

O hábito de compartilhar imagens de crianças na internet ganhou até um nome. Chama-se "sharenting", uma junção de dois termos em inglês: "share" (dividir, compartilhar) e "parenting" (paternidade).

Na prática, é a superexposição de bebês desde o momento em que vêm ao mundo, literalmente. É um fenômeno relativamente novo, já que, há alguns anos, o máximo que as famílias tinham para mostrar eram aqueles álbuns físicos oferecidos às visitas. Quem não lembra?

Com a popularização da internet, o ato se tornou virtual. A facilidade para tirar fotos e gravar vídeos potencializou o irresistível ato de postar. Viralizou. Segundo levantamento da empresa de segurança digital AVG, com base em 10 países, a cada quatro bebês com menos de 2 anos, três já têm fotos online. Estima-se que, aos 13 anos, uma criança tenha, em média, 1,3 mil imagens na web.

Ao Le Monde, o deputado Bruno Studer, autor do controverso projeto, disse que os responsáveis muitas vezes não se dão conta dos riscos. Afinal, como ter certeza de que uma imagem fofinha não cairá nas mãos de pedófilos? Outro ponto: nem sempre, os pais pensam no que o(a) filho(a) poderá sentir, no futuro, ao perceber que cada momento de sua vida está escancarado na internet. Será que vai gostar disso? Será que não vai sofrer bullying?

Estou certa de que nenhuma mãe expõe seu bebê com más intenções. Partilhar a maternidade é motivo de orgulho. E, cá entre nós, é impossível voltar no tempo e simplesmente fingir que as novas formas de comunicação não existem. Estar nas redes é, também, dividir as alegrias.

JULIANA BUBLITZ

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