27 DE DEZEMBRO DE 2022
+ ECONOMIA
Geração gaúcha na CSN Simone e o "mistério do Planejamento"
A cinco dias da posse, não se sabe o titular da última pasta da equipe econômica. Virou o "mistério do Planejamento". A definição ficou - sem conforto para quem for o escolhido - para a fase da negociação com os pastas dos partidos do centrão que apoiaram o presidente eleito, seja na disputa ou na aprovação da PEC da Transição.
E resta outro mistério de igual proporção de importância: o destino da aliada no segundo turno Simone Tebet (MDB), que foi essencial para a eleição apertada de Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-candidata do MDB queria o Desenvolvimento Social. Foi convidada para as pastas da Agricultura, do Meio Ambiente e do Turismo. Recusou a Agricultura por estratégia, o Meio Ambiente por lealdade a Marina Silva, e o Turismo por motivos óbvios. Cidades seria uma opção, mas está na conta dos aliados.
Há sinais de que aceitaria o Planejamento, desde que com o Programa de Parcerias em Investimentos (PPI). Haddad já anunciou que concessões seriam um de seus alvos na Fazenda, mas há sinais de que o PPI iria para a Casa Civil de Rui Costa - o que faz pouco sentido.
A escolha da emedebista permitiria a Lula fazer o que gosta: arbitrar decisões cruciais entre duas visões. Se o presidente eleito não confiar a uma das aliadas mais ativas no segundo turno uma missão à sua altura, em vez da generosidade que prometeu como atitude ao assumir o cargo pela terceira vez, terá um episódio de mesquinharia no currículo.
foi a queda da bolsa ontem, dia em que o mercado operou, no Brasil, sem referências externas. Até por isso, pesou o cenário interno, com foco nos riscos fiscais. Depois de reagirem bem à aprovação da PEC da Transição por apenas um ano, investidores e especuladres começam a se inquietar com queda mais lenta no juro básico definido pelo Banco Central (BC).
Quase cinco meses depois de vencer o leilão do braço de geração da CEEE, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tornou-se a única dona da ex-estatal, que tem cinco usinas hidrelétricas, oito PCHs e duas centrais geradoras (na foto, a de Passo Real) no RS.
Negociou R$ 367 milhões com a Eletrobras para ficar com mais 32,74% da CEEE-G que pertenciam à ex-estatal federal em transferência como parte de pagamento negociado em acordo judicial que envolve correção monetária de créditos escriturais de empréstimo compulsório sobre energia elétrica. Assim, sua subsidiária Companhia Florestal Brasileira (CFB) passa a ter 99% do capital social do braço de geração da antiga CEEE.
Com isso, o desembolso total da CSN com a CEEE-G alcançou R$ 2,95 bilhões: R$ 928 milhões no leilão pela fatia de 66,23% do Estado, R$ 1,66 bilhão ao governo federal pela outorga, e agora o acerto com a Eletrobras.
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