28 DE JANEIRO DE 2020
+ ECONOMIA
Verdes ao vento
A conta de todas as operações de entrada e saída de dólares do Brasil fechou com saldo negativo de US$ 50,8 bilhões em 2019. O dado foi informado ontem pelo Banco Central (BC). Embora tenha sido o pior resultado desde 2015, o volume é metade do registrado em 2014 (veja gráfico).
Pouco mais de um quinto do rombo teve origem na saída de investidores que estavam em aplicações financeiras: saíram US$ 11 bilhões, quase o dobro de 2018 (US$ 6,4 bilhões).
Analistas relacionam esse movimento à diminuição no juro básico, que no ano passado foi de 6,5% para 4,5% ao ano, uma redução de dois pontos percentuais. Conforme o BC, o investimento direto, dinheiro que se transforma em novas operações e empregos, foi de US$ 78,6 bilhões, quase igual ao de 2018 (US$ 78,2 bilhões). Na semana passada, a Unctad, ligada à ONU, havia registrado alta de 26% nesse indicador, que acabou não se confirmando.
Só brancos, não
O banco de investimento americano Goldman Sachs anunciou que, a partir de julho, só vai aceitar como clientes na área de estruturação de ofertas iniciais de ações (IPOs na sigla em inglês) empresas que não tenham o conselho administrativo formado só por homens brancos. A decisão foi anunciada pelo CEO, David Salomon, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e confirmada em entrevista à rede de TV CNBC no final da semana. No conselho da Goldman, há quatro mulheres em 11 integrantes.
MARTA SFREDO
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