15 DE JANEIRO DE 2020
CHAMOU ATENÇÃO
Tal cão, tal dono
Logo depois do Natal, o cão Pirata, que tem um olho de cada cor, foi devolvido à Diretoria de Bem-Estar Animal (Dibea) de Florianópolis, Santa Catarina. Um dos motivos apresentados pela família que o adotou, há quase um ano, foi a dificuldade em lidar com a surdez do animal. A devolução comoveu a equipe da Dibea, que iniciou uma campanha nas redes sociais. Foi assim que João Gabriel Ferreira, 30 anos, ficou sabendo do cãozinho, que compartilha a mesma deficiência que ele.
Natural do Rio de Janeiro e morador de Florianópolis há nove anos, Ferreira mora com outras duas pessoas surdas e um ouvinte filho de pais surdos. Mesmo já tendo uma cadela, tinha muita vontade de adotar um cachorro que fosse surdo. A sua ficha chamou a atenção dos funcionários do Dibea.
- Como ele já tem um animal e já treina esse animal com os sinais, era o melhor candidato - explica Gioconda Dalsasso, coordenadora do Dibea.
Então, desde a última quinta-feira, o cão está com a nova família. E ganhou também um novo nome, escolhido por João.
- Uns dias antes de saber dele, estava lendo sobre um tipo de olho: Jögan. É de anime japonês. E ele apareceu com esse tipo de olho - conta Ferreira, que está, inclusive, ensinando sinais da língua brasileira de sinais (Libras) para o novo amigo.
Segundo ele, a adaptação está indo muito bem:
- Estamos adorando ter ele. Lidar com um cachorro surdo não é difícil para a gente, porque temos as mesmas dificuldades, temos as nossas próprias "estratégias surdas" de sobrevivência, e fazemos o mesmo com o cachorro.
CHAMOU ATENÇÃO
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