segunda-feira, 31 de agosto de 2015



31 de agosto de 2015 | N° 18280 
MARCELO CARNEIRO DA CUNHA

LOST IN TIME


Pois não é que já são 50 anos desde que a família Robinson, um robô e o clandestino mais mala da galáxia saíram por aí em busca de novos planetas para a humanidade ocupar?

Perdidos no Espaço é de 1965, e desde logo virou mania mundial. Aqui no Brasil, era um dos programas mais assistidos, e o robô berrando “Perigo” ou “Não tem registro” fazia parte do universo visual e afetivo de praticamente todos os seres vivos.

A diferença é que aquele mundo de 1965 era tão mais simples! Truques baratos nos convenciam, espaçonaves de isopor passavam por naves de verdade, planetas inteiros de papel crepom ocupados por monstros de 25 centavos nos assombravam! Éramos crédulos, muito crédulos, e a TV tinha uma imagem tão ruim que não era difícil nos convencer de que aquela criatura terrível não era de borracha, mas, sim, um dos mais infernais seres que jamais ocuparam Alfa Centauro.

O que aconteceu de verdade, a partir dos anos 2000 e dos displays de plasma, LDC, LED, conexão a cabo e unificação com a internet, é que várias inovações se reuniram em nossa sala de estar, e a televisão deu um salto, ocupando o espaço que antes era do cinema. A televisão de mentirinha, dos bons tempos de Perdidos no Espaço, virou a televisão para valer que vemos hoje.

É muito bacana a gente parar para ver como era tudo há apenas 50 anos, e Perdidos no Espaço é uma das melhores formas de reviver e recordar. Aproveito e mostro para a novíssima geração como eram os efeitos especiais de Perdidos no Espaço e Thunderbirds, e, ora vejam, as crianças de hoje amam. As séries de antanho mostram que viemos de longe e avançamos muito rapidamente. É bom fazer um salto analógico até o sofá e ver um pouco dessas preciosidades de uma época que não volta mais.

Se vocês tiverem um tempo nesses próximos dias, deem um jeito de ver, em DVD ou como for. O passado tem muito a nos ensinar, tem a nos mostrar um mundo mais simples, onde o pouco era a norma, e a imaginação criava as cores.

Fica a dica.

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