05 DE OUTUBRO DE 2020
MERCADO DE TRABALHO
Horizonte carregado de incertezas
O horizonte para o mercado de trabalho carrega mistura de pontos positivos e sinais de preocupação no Estado. A desaceleração nos casos de coronavírus e a reabertura de empresas explicam o alívio. Já o alerta tem ligação com a incerteza gerada pela perda de fôlego em programas de estímulo à economia do governo federal. Um deles é o auxílio emergencial, que deve acabar no final do ano, em razão da penúria fiscal vivida pelo país.
- Acredito em movimento de contratação nos próximos meses, mas não vamos recuperar logo todos os empregos que foram perdidos. As empresas estão buscando fazer mais com menos gente neste momento - avalia a economista Maria Carolina Gullo, professora da UCS.
Mesmo com a possibilidade de reação gradual no mercado formal, a tendência é de que a taxa de desemprego avance nos próximos meses, lembra o professor Marcos Lélis, da Unisinos.
O indicador, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também contempla trabalhadores informais. Pressão
Para ser considerado desempregado, um profissional que perdeu a ocupação tem de procurar novas oportunidades. Com a flexibilização de medidas de isolamento, mais pessoas devem sair em busca de vagas, frisa Lélis.
- Vamos ter uma pressão na taxa de desemprego, mesmo com o crescimento do mercado formal. É que mais pessoas vão voltar a procurar trabalho - reforça.
Em agosto, a taxa de desemprego no Estado foi de 9,9%. À época, havia 562 mil pessoas desocupadas. As informações integram a Pnad Covid-19, pesquisa do IBGE que dimensiona os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na área da saúde.
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