quinta-feira, 1 de outubro de 2020



01 DE OUTUBRO DE 2020
+ ECONOMIA

Um apê por R$ 6,7 milhões

A crise no segmento da construção civil parece ter acabado. Foi na pandemia que a Cyrela Goldsztein vendeu um apartamento de R$ 6,7 milhões no edifício Yoo, com decoração da grife do designer Philippe Starck e do empreendedor John Hitchcox.

Conforme Rodrigo Putinato, diretor regional da construtora no Sul, os negócios começaram a melhorar em junho, que teve vendas 30% maiores do que o mesmo mês de 2019, agosto foi o melhor mês do ano, e deve ser superado por setembro.

Neste ano, a empresa planeja somar R$ 600 milhões em valor geral de vendas (VGV) com lançamentos no Estado. Para 2021, pretende quase dobrar o valor e alcançar R$ 1 bilhão. Esse crescimento será parcialmente sustentado por três IPOs (oferta pública inicial de ações) feitos em apenas um trimestre por empresas ligadas à Cyrela nacional. Foram captados R$ 2,8 bilhões por Lavvi (alto luxo), Plano & Plano (habitação popular em São Paulo) e Cury (habitação popular em São Paulo e Rio).

ponto percentual foi o minúsculo recuo no percentual de famílias que têm contas em atraso no Brasil. Mas é tão surpreendente, neste momento, que merece registro. O indicador da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) encolheu de 26,7%, em agosto, para 26,5%, em setembro.

Despedalando 

Depois de pesadas críticas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que nunca houve intenção da equipe econômica de romper teto ou financiar programas de forma equivocada. É uma clara referência ao desvio de recursos do pagamento de precatórios para o Renda Cidadã. Guedes recitou a mesma prece dos especialistas em contas públicas: "despesa permanente tem de ser coberta por receita permanente". Disse que um programa como o Renda Cidadã não pode ser financiado por "puxadinhos" e confirmou estudos para unir 27 benefícios em um só programa de renda. Agora, Guedes também descobriu que havia risco embutido na proposta. Mas ele não estava lá, no anúncio que deixou muita gente boquiaberta? A tática "se colar, colou" do governo Bolsonaro exaspera até os analistas mais técnicos.

MARTA SFREDO

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