sexta-feira, 23 de novembro de 2018


23 DE NOVEMBRO DE 2018
POLÍTICA +

COMO FOI A ESCOLHA DO SECRETÁRIO DA FAZENDA

Agora é oficial: o futuro secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul chegará pelo Salgado Filho, como disse no dia 15 de novembro o governador eleito Eduardo Leite, sem indicar qual seria o aeroporto de origem.

O economista Marco Aurelio Santos Cardoso, 43 anos, vem do Rio de Janeiro, em voo de uma hora e meia de duração.

Funcionário de carreira do BNDES, o escolhido é o atual superintendente de Crédito. Trocará uma instituição que nada em dinheiro por uma secretaria com a marca da escassez. Por cinco anos, foi secretário da Fazenda de outro Eduardo, o Paes, na prefeitura do Rio, em um tempo de bonança pré-Olimpíada. Saiu em 2016 para assumir a área de crédito do BNDES a convite da então presidente Maria Silvia Bastos Marques.

Leite conheceu Marco Aurelio há mais de três anos, mas foi o economista Aod Cunha, secretário da Fazenda no governo de Yeda Crusius, quem agora fez a ponte entre os dois, depois de consultar especialistas em finanças públicas para encontrar o perfil adequado.

Pelo menos três nomes de peso ajudaram nessa definição: a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e o economista Fábio Giambiagi. O nome de Marco Aurelio teve o endosso de Giambiagi e do economista Sérgio Guimaraes, que já trabalhou como subsecretário de Joaquim Levy no governo do Rio e conhece o trabalho do futuro secretário.

O ex-prefeito Eduardo Paes é só elogios ao antigo colaborador.

- É um cara excepcional. Seriíssimo. Seria meu secretário da Fazenda se tivesse sido eleito - disse o ex-prefeito do Rio a uma pessoa da confiança de Aod.

O convite foi aceito há duas semanas, depois de uma série de conversas com o governador eleito por telefone, Skype, videochamada e WhatsApp. Além das conversas pessoais, pesou na decisão de aceitar o convite a entrevista que Eduardo Leite deu à jornalista Miriam Leitão, na Globo News, depois da eleição. Economistas do Rio e de São Paulo ficaram positivamente impressionados com a clareza do tucano. Nos grupos de WhatsApp, o comentário era de que quem conversava com Leite e com o governador eleito do Rio, Wilson Witzel, concluía que "a diferença é da água para o vinho".

ROSANE DE OLIVEIRA

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